O ano é 1925. Incomodados com a ascensão do time do povo, a elite do futebol no RJ, por meio da AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Athleticos), estabelece novas dificuldades para a participação do Vasco da Gama no campeonato estadual: a inexistência de um estádio próprio para realizar seus jogos.
Como desafio é o que move o vascaíno, torcedores se unem em campanha de arrecadação de recursos e, apenas 10 meses depois do início das obras, foi inaugurado, na data de 21 de abril de 1927 o Estádio de São Januário.
São Januário, assim como toda a história do Clube de Regatas Vasco da Gama, é orgulho para o vascaíno, cantado e declamado pela torcida que lota suas dependências.
O que pouco se fala é que, na época do lançamento da pedra fundamental do estádio, em 1926, foi enterrada uma cápsula do tempo, conforme reportagem de Bruno Braz, do Canal UOL.
Walmer Peres, coordenador do Centro de Pesquisa, Preservação de Acervos e Divulgação da Memória do Vasco (CPAD-CRVG) relata que a cápsula do tempo era a própria pedra fundamental, “feita de pedra ou alvenaria, hermeticamente fechada”.
Cápsulas do tempo já são por si só, objetos de curiosidade, por todo o saudosismo envolvido. A de São Januário carrega ainda mais simbolismo, visto toda movimentação popular envolvida para viabilizar sua construção.
Ainda de acordo com o Coordenador do CPAD-CRVG, a abertura da caixa deve ocorrer no ano de centenário de São Januário, em 2027.
Por Ronaldo Faria