Na última semana, o lateral-direito Rafael Galhardo moveu uma ação contra o Vasco pedindo rescisão de contrato de forma unilateral. No processo, o jogador pede aproximadamente de R$ 2 milhões, incluindo salários atrasados, não recolhimento de FGTS e verbas rescisórias.
Por Adrielly Ribeiro
A juíza Letícial Belivacqua Zahar, substituta da 78ª Vara do Trabalho do Rio, negou o pedido.
Galhardo, tentava se desvincular do Vasco e viajou a Portugal para acertar com o Marítimo após ser aprovado em exames. Em entrevista ao ge, o jogador lamentou o litígio:
– Estou voltando pro Brasil, fiz exames no Marítimo e estava tudo acertado com o clube português, seria uma boa oportunidade de poder voltar a jogar. Mas não teve a liberação do Vasco dentro do prazo que o Marítimo solicitou, teve um segundo prazo que também não veio nada do Vasco. Fico triste pois é minha profissão e quero poder exercê-la, meu desejo é voltar a jogar. Preciso retomar a minha carreira e espero que entendam o que estou passando.
O lateral ainda afirmou:
– É complicado não poder exercer aquilo que decidi para a minha vida profissional, eu vivo do futebol para mim e para minha família. Mas volto para cumprir todas minhas obrigações com o Vasco, como sempre fiz, e espero que tudo se resolva e, em breve, eu possa voltar a fazer o que amo
O Vasco se incomodou com a maneira com o qual o lateral-direito conduziu a situação, entretanto foi dada uma carta de liberação que garantia a saída do atleta sem custos, desde que houvesse um acordo para a rescisão.
Ainda de acordo com o ge, o Vasco deu um prazo de 30 dias para que Rafael Galhardo procurasse outro clube e houveram reuniões para tratar do acordo, mas três dias depois, a advogada do jogador ligou para a direção do clube e comunicou que havia entrado acionado a justiça pela rescisão.
Devido a conduta do jogador em ter viajado para Portugal e assinado com outro time, o Vasco encerrou as conversas por uma eventual liberação. Agora o clube só vai liberar o jogador em caso de acordo ou o fim do processo legal.
O advogado Paulo Reis, que defende o Cruzmaltino, garantiu que o clube tomou a postura correta:
– Pelo que fiquei sabendo, ele pediu uma liberação para negociar com outro clube. Após o Vasco dar a liberação, ele entrou com uma ação na Justiça. Acho que foi até uma forma antiética da parte dele. Ele pegou o documento e o usou para tentar a rescisão do contrato de trabalho. O Vasco não cometeu nenhum deslize. Ele que não teve um comportamento ético e agora tem que se reapresentar – afirmou o advogado.
O jogador fez 22 partidas pelo Vasco desde que foi contratado em 2018. Sempre muito criticado pela torcida, acabou sendo emprestado ao Grêmio no ano passado e estava treinando em separado desde o início deste ano.