Nenê também falou sobre a importância da torcida
Por: João Gabriel
O meia Nenê concedeu entrevista aos jornalistas nesta quarta-feira (4) no CT Moacyr Barbosa. Estava previsto que a coletiva seria com o zagueiro Quintero, mas foi o camisa 10 que apareceu para conversar com a imprensa. Recuperado de dores na coxa, o meia deve entrar em campo contra o CSA, no sábado (07). Nenê defendeu o técnico Zé Ricardo, pressionado no cargo:
– Precisamos do torcedor. Todos temos que estar na mesma direção. Entendo a torcida, a frustração. Nossa torcida está em todos os lugares. No jogo contra o Tombense, por exemplo, acabamos nos empolgando e nos desorganizando. Não é culpa do treinador, que montou uma estratégia. É culpa nossa.
– Nós não podemos deixar de nos organizarmos. Tomamos um gol no início do jogo. Até eu que sou experiente acabou indo nessa empolgação de querer fazer o gol. Isso aconteceu no primeiro tempo com o Tombense. O Zé conversou conosco no intervalo, entendemos, melhoramos e quase viramos o jogo. Acho que é um peso e uma impaciência que acabam afetando o grupo, e nós acabamos querendo vencer de qualquer maneira, e as coisas não são assim. Não é só culpa do Zé. É claro que ele é o nosso treinador, mas eu falo no meu ponto de vista. No primeiro tempo fomos nós jogadores que erramos e nos desorganizamos. A torcida também tem que entender um pouco isso em relação a comissão técnica. Não é tudo culpa dele – analisou.
O meia também analisou o peso que o elenco carrega pelos recentes fracassos do Vasco e ressaltou que é um grupo que é majoritariamente formado por jogadores que chegaram ao clube em 2022.
– Existe toda essa pressão que vem do ano passado. Sinto que às vezes, mentalmente, o time peca por isso, misturando a pressão e entendimento do jogo. Isso afeta. Não culpo o torcedor, que está sofrendo há muitos anos e sofreu muito no ano passado. Mas acaba afetando, é algo que não é conosco. Estão falando que não entramos no G-4 há 40 rodadas. Como, se o campeonato começou nesse ano e tem cinco rodadas. O que aconteceu no ano passado acabou.
– Não temos o time do Bahia que caiu da Série A, manteve a base e está treinando junto há dois anos. Nosso time é novo. Agora que estamos criando uma identidade. E isso acaba afetando. Não é que a gente não quer. Estamos tendo oscilações no início. É uma oscilação normal. Involuntariamente, a pressão acaba afetando. O jogador pensa que a torcida está aí, então vamos fazer isso e acabamos nos desorganizando. O apoio da torcida em Muriáe estava maravilhoso, mas nós nos desorganizamos. Não é culpa do Zé. Precisamos do apoio do torcedor, mas em determinados momentos não podemos deixar de lado a tática. E isso vem acontecendo. Temos que entender o tamanho do Vasco – desabafou Nenê.
Confira outros trechos da entrevista:
Zé conversou sobre a possibilidade de você jogar com Palácios?
– Não tivemos essa conversa, mas com certeza é um jogador que vai nos ajudar muito. Com certeza o Zé está vendo isso. Com certeza na hora que conversamos sobre isso, serei um dos apoiadores para que a gente possa ter mais gente de qualidade e talento em campo. Para nós é muito melhor.
Possível mudança de posicionamento
– Para mim é tranquilo. Já joguei pelas pontas, falso 9. Se for uma coisa para ajudar o time, vai ser tranquilo. Vou conversar com o Zé Ricardo sem problemas.
Andrey Santos
– Nem parece que ele é esse jovem que acabou de completar 18 anos. Ele tem uma maturidade incrível nos treinos, parece que está conosco há muitos anos. Ele tem uma visão de jogo, muita qualidade e gosta de romper linhas. É uma grande joia do Vasco, que possa ser lapidada da melhor forma possível. É um menino bastante tranquilo, humilde. Tem a cabeça muito boa. Ele já está na seleção sub-20 e quem sabe logo logo ele estará brilhando na Seleção. Vai ser um grande jogador.
Teve lesão?
– Graças a Deus acho que não tive lesão, foi mais uma fadiga muscular por causa dos jogos, viagens e campos. Acabei forçando mais, fiquei dois dias tratando e espero não ter nenhum problema para o jogo.