Ciente da guerra da diretoria aqui no Brasil, Josh Wander procura parceiros para gerir o Maior do Mundo
A guerra entre diretoria do Vasco e Consórcio Maracanã ganhou ecos a milhares de quilômetros de distância, em Miami. Incomodado com o veto do Maracanã para Vasco x Sport, Josh Wander, sócio-proprietário da 777 Partners (empresa que negocia a compra da Vasco SAF), conversou com a diretoria do clube carioca e externou o desejo de participar da licitação do complexo do Maracanã. E em meio ao desgaste com Flamengo e Fluminense, os americanos podem ganhar um novo aliado, também dos EUA: John Textor, dono do Botafogo. As informações são do jornalista Marcelo Baltar, do Globo Esporte.
Ainda não existe nenhum movimento neste sentido, mas a tendência é de Wander se encontrar com Textor. A ideia é se encontrar com o dono do Crystal Palace, da Inglaterra, na próxima ida de Wander ao Brasil. A direção cruzmaltina espera que a venda de 70% da Vasco SAF seja aprovada pelos associados no mês que vem. Por coincidência ou não, Textor criticou o Engenhão nesta semana.
Enquanto isso, da Flórida, a 777 acompanhou a semana atribulada, com notas de repúdio e trocas de acusações entre Vasco e Maracanã S/A, inclusive com a diretoria cruzmaltina indo à Justiça. Segundo a empresa responsável por administrar o Mário Filho, que tem entre seus gestores a dupla Fla-Flu, o jogo contra o Sport causaria danos ao gramado por conta do calendário sempre bagunçado do futebol brasileiro. Rubro-negros e tricolores investiram juntos R$ 4 milhões pela reforma do campo, que já apresenta muito desgaste.
+ Marcos Braz ironiza vontade do Vasco em jogar no Maracanã
Segundo pessoas ligadas ao consórcio e ouvidas pelo ge, não há birra contra o Cruzmaltino, desde que a presença do clube no Maior do Mundo não seja rotina e o grande número de jogos cause danos ao campo e prejudique a saúde dos atletas. Aliás, Flamengo e Fluminense vão apresentar à justiça na ação que o Vasco moveu contra o Fla um estudo técnico sobre o estado do gramado.
Na outra ponta da corda, os vascaínos entendem que há represálias, especialmente por causa da difícil negociação do aluguel para o jogo contra o Cruzeiro, duas semanas atrás, quando o clube de São Januário teve que pagar quase três vezes mais que o combinado para o aluguel do estádio, além dos 130 mil reais com despesas como água e luz.
Não há data definida para a licitação, até porque estamos muito perto das eleições e um novo governo pode mudar toda a situação. O Vasco já externou a vontade de participar do certame pelo Maracanã e está tratando com os atuais administradores da arena, porém, encontra muita resistência por parte do Fluminense.
Por Luiz Nascimento