O jovem atleta lidera a retomada do Vasco no basquete em parceria com Tijuca
Por Guilherme Faber (@fabergui)
O pivô Daniel, do Vasco da Gama/Tijuca, não era nascido quando Shaquille O’Neal editou combates inesquecíveis na NBA com as equipes do Orlando Magic, Los Angeles Lakers, na Seleção dos Estados Unidos e lembra pouco do que Shaq fez nas franquias do Miami Heat, Phoenix Suns e Boston Celtics, mas são fatores que não o impediram de suas comparações com o astro americano.
Essa associação com O’Neal foi feita pela equipe de transmissão do canal Café Belgrado no YouTube durante a vitória do Vascão em cima do Coritiba/Monsters por 76 x 68, no Ginásio Arnão, em Santa Cruz do Sul (RS), em partida válida pela segunda rodada da LDB (Liga de Desenvolvimento de Basquete). Na ocasião, Daniel foi o “reboteiro” com total de nove.
Em entrevista exclusiva para o Papo na Colina, Daniel disse que isso vem mais de quem opina sobre o esporte da bola laranja e tratou essa comparação com bom humor. “Isso é mais da imprensa, que acaba comparando um pouco mais para ter alguém como referência. Acho legal”, opinou.
Ao lado do armador Matheusinho, o Shaq da Colina lidera este início de 100% de aproveitamento do Almirante na LDB e, além do critério de rebote, é o terceiro que mais pontua com a média de nove pontos. Também está em alta nas estatísticas do clube quanto a assistência e eficiência.
Poucos sabem, mas essa sinergia dentro de quadra do Shaq vascaíno com Matheusinho vem desde criança na categoria pré-mirim do Tijuca e só foi interrompida temporariamente quando ambos vivenciaram idas e vindas por outros clubes brasileiros.
“Eu tinha uma confiança grande que ia acontecer esse entrosamento. Eu o conheço desde os 12 anos, começamos juntos, aí com 15 saí de lá do Tijuca, mas ele nunca deixou de ser o meu amigo e sempre o assisti. A vida inteira nós também sempre nos demos uns toques”, disse.
Apesar de ter apenas 22 anos e na busca por espaço em um time do NBB (Novo Basquete Brasil), Daniel já ganhou rodagem no basquete após o fim do seu ciclo de formação na base tijucana pelas equipes do Real Betis, da Espanha, São Paulo e Pinheiros. Também fez exibições em confrontos de 3 x 3.
Diante da incerteza do Vasco para a disputa do NBB 2022/23 e com bagagem europeia no currículo, Daniel despistou sobre o seu futuro em São Januário, apenas reforçou o seu desejo de estar na ativa pelo cenário nacional e expôs que não é o momento de vislumbrar possibilidade fora do Brasil.
“Nós não sabemos de muita coisa, não (retorno do Vasco ao NBB). Agora penso em continuar por aqui e, principalmente, na LDB para depois conseguir algo bom para mim. Pensei muito antes de ir para o exterior, mas mais para frente é o ideal”, falou.
Questionado sobre alguma inspiração em algum atleta que vestiu a Cruz de Malta no passado recente, o Shaq cruzmaltino citou como referência o ex-jogador de basquete e atual comentarista dos Canais Disney Guilherme Giovannoni. “Inspirar é uma palavra muito forte, mas um que gostei do estilo de jogo é o Giovannoni. Um cara muito diferente, muito inteligente, vê o jogo de outra forma e só de ter na quadra já via a diferença que ele fazia”, concluiu.