Veterano também pede apoio da torcida
Luiz Nascimento
Com apenas uma vitória (contra o Criciúma) nos últimos seis jogos e atuações de baixíssimo nível, o Vasco vive um momento ruim nesta Série B. No entanto, um dos mais experientes, se não o mais experiente do elenco, Nenê pediu ao time recuperar o mesmo “DNA de competitividade” que demonstrou no começo da Segundona, em coletiva concedida nesta quarta-feira, no CT Moacyr Barbosa. Para o meia, as ideias táticas de Maurício Souza eram boas na teoria, mas não davam certo na prática.
“A culpa é de todos nós, não apenas do Maurício. Ele tentou melhorar o que já estava bom, uma vez que o Maurício é um cara muito inteligente, aliando ao nosso DNA competitivo. Porém, faltou casar essas duas coisas. Nos jogos, nos focamos mais na competitividade e por culpa nossa, esquecemos, ou melhor, relaxamos com aquilo que fazia a diferença no nosso time.”, disse o meia que ainda falou sobre o quanto a Série B é um campeonato bem difícil.
“A Série B é um campeonato difícil e isso não há de negar. Nossa qualidade ia se sobressair antes da competitividade, mas com o Maurício, acabamos focando no inverso. E esse foi o motivo principal dessa fase não muito boa, especialmente, porque não conseguimos juntar essas duas coisas. E precisamos voltar com isso. Contra o Ituano, lutamos até o final, poderíamos até ter virado. Mas temos que manter isso o tempo todo. Com os resultados, os atletas relaxam um pouco, por isso, temos que retornar com esse DNA.”, concluiu.
Nenê ainda comentou as vaias da torcida no último jogo em casa, especiamente a jogadores como o lateral Edimar e o atacante Gabriel Pec, e ainda fez um pedido aos torcedores:
“Eu entendo a torcida e inclusive quero fazer um pedido à ela. A força do nosso time, especialmente jogando em casa, é a nossa torcida. Por vezes, nem nós, nem eles, têm a noção da força que possuem. Para nós, jogadores, a torcida é vital e muito importante nesta caminhada. Às vezes, o cara erra, mas ele não vai errar se não tentar, como foi o caso do Pec. A torcida sempre nos apoiou o tempo todo, mas acho que ela tem que voltar a dizer: “Erraram e tal, mas vambora, vamos continuar”. Quem sou eu para falar sobre o que a torcida tem ou não tem que fazer? Eles têm todo direito de não gostar da nossa exibição. Se eles continuarem dando total apoio pra gente, vai ser uma motivação a mais, especialmente para os moleques, que amam tanto o Vasco quanto eu.”, complementou.
O veterano ainda classificou os próximos dois jogos, contra CRB e Chapecoense, como verdadeiras finais:
“É claro que os próximos dois jogos são importantes. Para nós, serão como finais. Temos que pensar jogo após jogo, encarar como uma final a cada dia, dar a vida para conseguir o melhor resultado para o Vasco, que são esses seis pontos, e voltar à rotina de vitórias. Para o grupo, isso será fundamental”.
E o camisa 10 ainda fez planos para o futuro, reiterando que quer se aposentar em São Januário, mas não agora.
“Vão ter que me aguentar mais um pouquinho. Vou continuar. Estou me sentindo bem, tem que ter alguns cuidados, mas para mim, seria muito bom jogar a Série A pelo Vasco, e quem sabe, a Libertadores do outro ano. É claro que irão querer me parar, mas vão ter que me aguentar”, disse o meia, que completou 41 anos na última terça-feira (19/7).
Vasco e CRB se enfrentam amanhã, às 19h (horário de Brasília), pela 21ª rodada da Série B.