A votação da junta deliberativa, nesta sexta-feira, definiu que os sócios gerais anistiados em 2018 não poderão votar na próxima eleição – Roberto Monteiro, Silvio Godoi e Edmilson Valentim votaram contra a participação desses sócios; Campello e Mussa votaram a favor da inclusão deles no pleito.
Mas o que isso quer dizer? Muitos torcedores ficaram um pouco confuso nesta questão toda. Campello e Júlio Brant estão do mesmo lado da história? Como pode isso? O Papo na Colina resolveu explicar o contexto todo para os vascaínos entenderem o que cada lado alega nesta situação toda.
Estatuto
O estatuto do Vasco prevê que os sócios-gerais que ficam inadimplentes por três meses são automaticamente excluídos e não podem voltar para o quadro social. No entanto, em 2018, houve uma campanha para acontecer a anistia desses sócios gerais e isso acabou sendo colocado em prática pelo Presidente Campello – muitos entraram neste plano, com a intenção de poderem votar nesta próxima eleição.
Por que tem gente que é contra essas pessoas votarem?
Os que votaram contra a participação desses sócios gerais alegam que o presidente Alexandre Campello usou essa situação de anistia para praticar irregularidades a seu favor. Acreditam que o cartola se beneficiou dessa situação para colocar seguidores dele no quadro social do clube. Dessa forma, preferem cortar todos esses sócios da eleição para não dar nenhuma margem de possibilidade para um mensalão.
”O Conselho Deliberativo ajustou esse entendimento em julho do ano passado, quando a própria gestão votou pela não inclusão do sócio geral como anistiado, como defende isso agora? Quem defende isso está defendendo um novo modelo de mensalão. Teve sócio geral que ganhou anistia com data retroativa ao ano de 2010, quase uma remissão. Isso não é direto adquirido, é esperteza”, disse o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro para o Papo na Colina.
Sempre Vasco e Mais Vasco
Os dois grupos já se posicionaram a favor dos anistiados, tendo em vista que fizeram bastante campanha na época para que essa situação fosse aprovada no Conselho.
Grupo Avante, de Fred Lopes
O Grupo Avante Gigante se solidariza com os sócios anistiados que se sintam prejudicados com a decisão da Junta Eleitoral. Somos à favor, acima de tudo, na lisura do processo político. É necessária uma análise individual de todas as anistias concedidas, seguindo as regras estatutárias.
Justiça
Essa situação vai parar na justiça em breve. Alguns grupos já afirmaram que vão buscar os direitos dos sócios no tribunal e os próprios associados que se sentirem prejudicados devem entrar com um processo para poderem participar do pleito.