A geração 2003/2004 do Vasco mudou de patamar muito rapidamente. De promessas, viraram os grandes protagonistas e já são realidade na Colina Histórica. O que mais chama a atenção é a maturidade dos atletas, sendo que três deles já são titulares mesmo com pouca idade. Um destes casos é o do meia Marlon Gomes, que foi chamado para treinamentos junto com os profissionais em julho e desde então não saiu mais do time de cima.
A ascensão foi meteórica. Marlon estreou com o técnico Maurício Souza e rapidamente virou titular. Apesar de sofrer uma lesão no jogo em que marcou seu primeiro gol no time de cima (Tombense), Gomes é uma estrela em ascensão. Atualmente, o meia de 18 anos é fundamental no onze de Jorginho. Desde que subiu já são 14 partidas, dois gols (contra Tombense e Novorizontino) e duas assistências.
“É um jogador que desempenha algumas funções do meio para frente. Só não faria um atacante de área. Mas joga pelo meio, por dentro, pelo lado direito… É muito forte no confronto, não desiste. Tem capacidade técnica enorme, assim como o Andrey. É bom ver todos esses jogadores jovens com potencial tão grande. É mérito do pessoal da base. Eles ainda vão crescer, vão melhorar ainda mais”, disse Jorginho, após a vitória contra o GN.
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Tanta maturidade apresentada em campo acaba exercendo influência fora dele. O atleta foi pai muito jovem, aos 15 anos de idade, de Maitê. A menina nasceu pouco depois de Marlon chegar ao Cruzmaltino em 2018, quando veio do Nova Iguaçu para integrar o sub-15 cruzmaltino.
Não demorou muito para Marlon começar a ser convocado para as Seleções Brasileiras de base. Inclusive, em uma das últimas convocações, foi campeão do Quadrangular Internacional do Espírito Santo, com a Seleção Brasileira sub-20. Quem também estava no elenco era o meia e companheiro de Vasco, Andrey Santos.
Inclusive a amizade com Andrey Santos vem de longa data. Os dois se conheceram em 2017, chegaram a dividir quarto no alojamento do Vasco e jogaram juntos na base do clube e da Seleção.
“Fico muito feliz por fazer mais um jogo consistente. Foi um jogo que com certeza ficará marcado na minha carreira. Foi um jogo de pouquíssimos erros individuais e coletivos. Lógico que fazer gol e decidir jogo é sempre bom. Mas independentemente de sair o gol, estamos sempre ajudando de outras formas. Mas os crias estão fazendo gol.”, disse Marlon, que completou:
“(Esse momento no Vasco) É um sonho para nós. Porque desde pequenos jogamos juntos, eu, Andrey, Figueiredo… E nosso sonho era chegar aqui e fazer com que o nosso nome fosse lembrado. E isso está acontecendo.”
A inspiração na bola vem de família. Seu irmão, Matheus Claudino, hoje no Figueirense, também começou na Laranja da Baixada. O volante, que tem seis anos a mais que o atleta cruzmaltino, sempre foi sua inspiração no esporte bretão.
Marlon Gomes recentemente renovou contrato com o Vasco. O novo vínculo vai até o final de 2024.
Por Luiz Nascimento
