Depois de muitos meses de indefinição da situação e indignação do Vasco com o estado da licitação do Maracanã, o desfecho ainda parece longe de chegar. Um desfecho positivo, mais longe ainda.
A entrada do vasco na licitação do Maraca é parte chave do processo de reforma de São Januário e uma oportunidade única de alavancar as receitas de bilheteria, portanto, uma prioridade da 777 desde o primeiro momento deles no comando do clube. Entretanto, o processo, que deveria ser simples, virou uma novela chata.
Com a má vontade do governo Cláudio Castro em ajudar no imbróglio e o claro interesse em favorecer a dupla Fla-Flu, o Vasco enviou, no início de Março, um documento ao governo do estado com questionamentos confrontando o mesmo sobre a questão, com prazo até o dia 20. Sem nenhuma demonstração de respeito à situação, o governo respondeu no limite do prazo e apenas deu “respostas” – que não respondem, de fato, nada – a quatro das sete perguntas enviadas.
Diante disso, o Vasco está sem tempo hábil para negociar, já que a abertura das negociações precisa acontecer 60 dias antes do término da extensão da concessão contraditória à Flamengo e Fluminense que já acontece mês que vem e o governo desvia dos pedidos do Vasco para entrar nesse acordo, o TPU, e também vê o TCE(Tribunal de Contas do Estado) recomendando uma disputa para o Termo de Permissão de Uso, o que deve gerar um confronto judicial entre os rivais e o Vasco, que tem a WTorre e a Legends como possíveis parceiras na administração do estádio.
A situação é delicada e atrapalha a necessária, mas também delicada e difícil reforma de São Januário. O mês de abril deve ser decisivo para toda a disputa, mas a dor de cabeça gerada já se extende por vários meses e o desconforto entre os clubes e o governo é irreparável.
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Por Caio Azevedo