No ano passado, o Vasco vendeu 70% de seu futebol para a 777 Partners, pelo valor de 700 mihões de reais. A associação reteve 30% das ações e mantém participação nas decisões do clube, embora que de forma minoritária. Atualmente, com a má fase do Cruzmaltino e a goleada de 4×1 sofrida contra o Flamengo, as dissidências entre as duas partes que comandam o clube foram expostas e uma pergunta foi feita pelos torcedores: Afinal, o Vasco associativo pode interferir na SAF?
O Vasco associativo só pode interferir efetivamente no futebol da SAF em caso de rebaixamento para a segunda divisão. Nesta hipótese, dirigentes da associação podem pedir a saída da cúpula da empresa. A crise do Vasco gera divergência de opiniões entre a SAF e dirigentes do clube associativo sobre o atual departamento de futebol, inclusive o técnico Maurício Barbieri.
No dia mesmo dia da derrota para o Flamengo, pouco antes da partida, dirigentes da associação tiveram reunião com executivos da SAF de emergência para cobranças sobre o futebol. Há um conselho de administração com as duas partes. Paulo Bracks, diretor de futebol, reconheceu que o elenco é falho e existem lacunas, e garantiu que buscará preenche-las. Também defendeu o trabalho de Maurício Barbieri, dizendo que faltam peças a ele.
Após o jogo, membros do clube associativo se revoltaram com a postura da equipe e aumentaram a pressão sobre Barbieri. Pelo contrato, a associação não tem como interferir neste caso. O acordo foi feito justamente para blindar o futebol da política. A 777 só perde o controle da SAF caso falte com o cumprimento de acordos financeiros, como aportes. Há previsão da entrada de R$ 120 milhões para setembro.
Na visão dos dirigentes do Vasco, houve aumento de receitas relativas à sócios e bilheteria, mas estes valores estão abaixo do planejado para 2023, o que leva a acreditar que o processo poderia estar sendo melhor conduzido e evolução poderia ser mais rápida. Lembrando que as metas esportivas para a SAF só são válidas a partir de 2026 e a punição em caso de descumprimento é a trava da retirada do lucro pelos acionistas, no caso a 777 Partners.
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