O Vasco pode ter surpreendido o cenário esportivo brasileiro ao apostar em um novo atacante argentino. Isso porque o nome do jogador ainda não apareceu nas seleções nacionais nem nos maiores clubes do país sul-americano. Porém, é preciso reconhecer o faro de artilheiro que o acompanha, um talento ansioso por deixar sua marca no Brasil.
Se a memória próxima nos destina ao nome de Germán Cano, desta vez é Pablo Vegetti quem tem assumido o protagonismo. Marcando o gol da vitória contra o Grêmio no último final de semana, o feito ressoa como o primeiro passo de um atleta que busca inspiração no goleador do Fluminense, e ex-Vasco.
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“Cano é um goleador impressionante, que se destacou muito aqui no Vasco, mas agora está no Fluminense. Vou tentar seguir o seu caminho da melhor maneira e dar muitas alegrias aos torcedores do Vasco”, disse Vegetti.
Com trajetórias semelhantes, tanto Germán Cano quanto Pablo Vegetti trilharam caminhos distintos antes dos gramados brasileiros. Cano, embora não tenha deslumbrado em solo argentino e jamais tenha vestido a camisa da seleção nacional, mostrou sua habilidade pelo Vasco, e agora pelo Fluminense, acumulando um total de 24 gols em 2020 e mais 19 em 2021 pelo Vasco. Cano passou pelo futebol colombiano, paraguaio e mexicano antes de ganhar destaque na equipe cruzmaltina.
Já Vegetti, antes de sua chegada ao Gigante da Colina, teve uma jornada discreta em seu país natal, atuando apenas no Rangers, do Chile, e fazendo sua marca em clubes menos renomados na Argentina, como Villa San Carlos, Colón, Gimnasia, Boca Unidos, Instituto e Belgrano, onde se destacou como artilheiro do Campeonato Argentino com 13 gols.
Uma característica que une esses atacantes é a chegada tardia no futebol brasileiro, com Cano com 32 anos e Vegetti, atualmente, com 34.
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Jornalistas especialistas no futebol sul-americano falaram sobre as chances de Vegetti se destacar no Vasco. E de até mesmo a história se repetir nos gramados de São Januário.
“Ele é muito valorizado no futebol argentino, foi muito bem no último campeonato, estava entre os centroavantes mais importantes da Liga. É muito querido e valorizado no país, pois é considerado um lutador da vida, sempre lutou desde baixo. Em sua carreira, sempre jogou em times pequenos, nunca teve a chance de se transferir a um clube grande. Somente jogou entre 2013 e 2014 fora do país, nunca pode dar um salto. Este é o passo mais importante de sua carreira, em uma das maiores Ligas do mundo, num clube grande como o Vasco. É um jogador muito completo, conhece com perfeição a área”, Carlos Torres, da Rádio Mitre, da Argentina.
“Eu acho que sim, ele pode repetir os feitos do Cano, ou seja, fazer muitos gols, ser goleador por aqui também. Mas é importante entender que são jogadores diferentes. O Cano é muito mais móvel, tem muito mais velocidade, trabalha melhor com os pés. O Vegetti é homem de área, referência, gosta da bola aérea. O Vegetti vem de uma grande temporada apenas, a passada. Não tem tantos números positivos como o Cano já tinha quando chegou ao Brasil”, Lucho Silveira, comentarista dos canais ESPN.
“É difícil fazer comparações no futebol, principalmente porque o Vegetti chegou ao Brasil muito recentemente. Não sei se será um novo Germán Cano, creio que será Pablo Vegetti, artilheiro do futebol argentino. Era possível pensar, antes de sua estreia com a camisa do Vasco, que precisaria se adaptar a um futebol diferente. Porém, jogou como no Belgrano: bem posicionado, eficiente e com sede de vencer. Na comparação, Cano e Vegetti têm coisas semelhantes, como posicionamento e eficiência. Se seus companheiros confiarem nele e o ajudarem, vai fazer muitos gols. É um jogador com fome de vitória, que vai atrás do seu sonho”, Daniel Barcelo, da Rádio Sucesos de Córdoba.
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