Na última quarta-feira (16), um juiz sugeriu que São Januário continuasse com punição sem receber torcedores por conta das confusões na partida contra o Goiás, alegando perigo que a comunidade da Barreira do Vasco causa para as pessoas que vão aos jogos no estádio.
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Esse trecho completamente preconceituoso revoltou os moradores da comunidade, que se posicionaram contra a decisão do juiz: “Uma tristeza e a certeza de que existe ainda preconceito e racismo por uma favela. Vem conhecer no dia dos jogos pra ver. Não tem essa criminalidade, essa violência que colocaram pra gente. Favela de paz”, disse Vânia Rodrigues da Silva, presidente da associação de moradores.
“Estabelece o conceito antecipado do que, de fato, ele não conhece. Quando ele diz que a Barreira do Vasco é um local conflagrado, com estampido de tiros comumente ouvidos, ele não se pauta na realidade. Tendo em vista que aquele território é um território menos conflagrado, se ouve menos estampidos de tiros que em regiões da cidade que não são favelas”, declarou Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB.
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