O Vasco completa no próximo sábado (02) um ano da transferência de 70% do futebol para a 777 Partners, pelo valor de 700 milhões de reais. O processo deu esperança de dias melhore para o torcedor vascaíno, mas a realidade é que, no momento, a realidade parece a mesma. No entanto, o investimento vem acontecendo e de forma pesada. Confira os acontecimentos desde a implementação da SAF:
INVESTIMENTO NO FUTEBOL:
Segundo apuração do GE, o Vasco teve um orçamento de mais de 300 milhões para o futebol na atual temporada. Essa conta leva em consideração gastos com transferências de jogadores, salários, luvas, melhorias no CT, entre outros. Salário atrasado não é mais realidade no clube, que honra seus compromissos.
Por outro lado, a quebra dos compromissos com outros clubes pesa contra o Vasco no mercado, já que existem dívidas relativas à compras de jogadores. Somente neste ano foram realizadas 26 contratações – dessas, pelo menos três foram parar na corte da Fifa por falta de pagamento: Léo Jardim (Lille), Puma Rodríguez (Nacional) e Capasso (Atlético Tucumán). Dez jogadores tiveram os direitos econômicos adquiridos, que custaram quase R$ 120 milhões aos cofres da SAF.
Os números foram ampliados por conta das receitas. O Vasco não abre os valores, mas projeta ter a maior receita de sua história em 2023, ampliada, entre outras coisas, pelas vendas de atletas (cerca de R$ 115 milhões) e pelo aumento nos valores de seu patrocínio master (recebe mais de R$ 20 milhões da PixBet) – ambas arrecadações sem precedentes na história vascaína.
BASTIDORES AGITADO:
Apesar do grande investimento no futebol, os bastidores nessa primeira temporada não foram o ideal. O técnico contratado para a temporada, Maurício Barbieri, não aguentou a pressão e teve um péssimo desempenho no início do Campeonato Brasileiro, o que culminou em sua demissão.
Além disso, problemas internos minavam o clube dia após dia. Provavelmente o maior problema se dava em relação ao CEO Luiz Mello, que apesar de ter prestígio com a 777 Partners, era odiado por torcedores e por algumas figuras dentro do próprio clube.Também houve ruídos no relacionamento do CEO com Paulo Bracks, diretor esportivo – embora, publicamente, os dois nunca tenham reconhecido isso. A ligação de Mello com o Flamengo serviu para acabar de vez com sua reputação no Cruzmaltino.
Assim, Mello foi afastado do cargo pela 777 Partners, dando espaço para a ascensão de Lucio Barbosa como CEO Interino. A mudança serviu para amenizar um pouco a grande crise vivida pelo Gigante da Colina.
FUTEBOL ABAIXO:
Apesar de grande expectativa devido ao investimento feito no início do ano, o elenco não deu liga no Campeonato Brasileiro. Durante o Campeonato Carioca, a equipe mostrava bons sinais e conseguiu bons resultados, como a vitória contra o Flamengo na Taça Guanabara, por exemplo.
Nesse meio tempo, o primeiro baque da temporada: a queda para o ABC, do Rio Grande do Norte. Após disputa nos pênaltis, o Gigante da Colina sofreu uma derrota inesperada que influenciou em diversos quesitos, inclusive no próprio orçamento da equipe.
No início do Brasileirão, um começo promissor, mas que logo se transformou em pesadelo. O clube ficou mais de 10 jogos sem vencer sob o comando de Maurício Barbieri, que não aguentou a derrota contra o Goiás em São Januário, sendo demitido. William Batista comandou nos 3 jogos seguintes, até a chegada de Ramón Diaz.
Com o técnico argentino no comando, o Vasco vem demonstrando evolução. Junto de reforços como Paulinho, Vegetti, Medel e Praxedes, o nível técnico da equipe aumentou consideravelmente e se livrar do rebaixamento parece uma realidade possível de alcançar. No próximo jogo, Dimitri Payet, principal contratação para a temporada, vai estrear, no que pode ser um ponto de virada de chave ainda maior pro clube.
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