O Vasco enfrenta o Bahia neste domingo, fora de casa, mas em meio a um imbróglio importante junto à Justiça, que continua proibindo a entrada de público em São Januário. Por isso, a torcida vascaína vem preparando uma grande festa, como um ato de protesto e em prol do comerciantes da região.
A ideia é que o público compareça na Barreira do Vasco, mesmo que não haja jogo no estádio. A medida é vista como uma maneira de apoiar os comerciantes da região, além de fazer uma grande festa para protestar contra o fechamento do estádio. O ato vai contar com um telão no lado de fora de São Januário e a bateria da Escola de Samba União Cruzmaltina. Marcelo Rocha, presidente da ASTOVAS, disse:
– Queremos concentrar cerca de 20 mil pessoas. Esse é o público recorrente, que é, mais ou menos, a capacidade do estádio. Vai ter telão, bateria, bandeiras das torcidas, e tudo mais. No dia do jogo com o Atlético-MG, no Maracanã, fizemos uma concentração em São Januário e, quando saímos, um dos comerciantes nos falou: ‘Para mim, o mês acabou aqui’. Então, decidimos que, a partir dali, nos jogos fora de casa e enquanto São Januário estivesse fechado, viríamos para cá para ajudar.
A Prefeitura do Rio de Janeiro, através do Observatório do Trabalho Carioca, divulgou um relatório com o impacto da interdição de público em São Januário para os comerciantes locais. O documento diz que “a ausência de torcedores tem conduzido a um declínio nas receitas e na geração de renda das comunidades da Barreira do Vasco, Tuiuti e Arara, região já impactada com perdas históricas de postos de trabalhos pela retirada de indústrias e transformações no mundo do trabalho”.
Ainda no documento, aponta-se que “segundo a Associação de Moradores da Barreira do Vasco, aproximadamente 18 mil pessoas foram, direta ou indiretamente, afetadas” tanto com a proibição do público quanto pela publicidade negativa que a área teve. Além disso, “comerciantes, que dependem do rendimento gerado pelos jogos, compartilharam relatos de uma redução acentuada de quase 60% na receita mensal” e que “cerca de 300 vendedores autônomos externos ao estádio, assim como 250 vendedores autônomos credenciados, dependem da movimentação gerada por esses eventos para sua renda”.
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