Nesta semana, clubes da Série A e B do Campeonato Brasileiro – dos blocos Liga Forte Futebol e Grupo União – venderam 20% de seus direitos comerciais pelos próximos 50 anos para um grupo de investidores do qual fazem parte a gestora de recursos Life Capital Partners (LCP) e o fundo General Atlantic, além da XP. O grupo Serengeti, que há pouco tempo fazia parte da negociação, se retirou das conversas. O contrato diz respeito ao período entre 2025 e 2025.
Em apuração feita pelo ge, o contrato assinado pelas partes tem o valor total de 2,6 bilhões de reais a serem distribuídos entre os clubes, de acordo com normas pré-estabelecidas. Enquanto metade desse valor será paga imediatamente, a outra parte será liquidada ao passar dos anos.
Cerca de R$ 900 milhões serão distribuídos imediatamente para os clubes da Série A que fazem parte desses dois blocos. São eles: Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico-PR, Botafogo, Coritiba, Goiás, Fortaleza, América-MG e Cuiabá. O adiantamento que foi proposto por Botafogo, Ceará, Coritiba, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza e Vasco será descontado do valor total a receber. Por exemplo, o Fluminense, que pegou 43 milhões de reais adiantados, agora só teria 57 milhões a receber da quantia total, que equivale a 100 milhões de reais.
Os clubes da Série B que fazem parte da Liga Forte e assinaram este contrato são: Sport, Ceará, Avaí, Chapecoense, Juventude, Atlético-GO, Criciúma, CRB, Vila Nova, Londrina, Tombense, Figueirense, CSA e Operário. O Brusque, clube que subiu da Série C para B neste ano, considerou os valores propostos como baixos e não quis vender 20% de seus direitos.
O fundo General Atlantic, que se juntou para a compra dos direitos, foi fundado em 1980 nos EUA, está desde 2008 no Brasil e investe principalmente em tecnologia, serviços de saúde e serviços financeiros. Tem sob sua administração US$ 71 bilhões (R$ 350 bilhões) em ativos, e agora 20% dos valores arrecadados pelos clubes pelos próximos 50 anos.
A assinatura desse contrato significa mais um avanço em relação aos clubes que pertencem à Libra, outro movimento que atua para a organização de uma liga no futebol brasileiro. Deste lado, estão clubes como Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Atlético-MG, Santos, Bahia e Red Bull Bragantino, que negociam a venda de seus direitos para o fundo Mubadala.
A criação de uma liga depende da presença de 40 clubes, das Séries A e B, dentro da mesma entidade que organize o campeonato. Caso tal aproximação não seja possível, a tendência é que os clubes se agrupem em blocos de negociação de direitos comerciais em conjunto.
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