A administração de Pedrinho à frente do Vasco da Gama não vai começando com o pé direito no que diz respeito ao relacionamento com a 777 Partners, SAF que controla 70% do futebol do Vasco. Há ruído na comunicação entre os principais interlocutores das partes e essas primeiras rusgas antes mesmo da posse surgem como indicativo de um conflito que poderá levar a discussão para a Justiça Comum.
Não é novidade que o grupo político que elegeu Pedrinho nos pleitos do Vasco da Gama tinham a intenção de revisitar o contrato com a 777. As duras críticas de Edmundo ao longo das últimas semanas, um aliado de longa data da campanha de Pedrinho, repercutiram mal nos bastidores da empresa e preocupam quanto a relação entre as partes.
Desde então, vem parecendo cada vez mais claro que a diretoria eleita quer passar por cima de certas diretrizes impostas pela SAF. Existe um braço esportivo da 777, tratando das coisas do futebol diretamente com o recém-chegado Alexandre Mattos, e Pedrinho, só depois da posse é que terá lugar no Conselho Administrativo da SAF. Fontes ligadas aos dois lados falam sobre um recíproco descontentamento sem descartar o risco de uma precoce ruptura.
Esses revezes entre acionistas majoritários e diretores da associação são normais em clubes europeus. Há casos por lá de esgarçamento, como no Belenenses, de Portugal, onde clube e Sociedade Autônoma Desportiva (SAD) se tomaram distintas instituições. No Vasco, por enquanto, há harmonia. Mas esse desencontro pode impactar no dia a dia, por exemplo, na demora em anunciar reforços.
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