Entenda os motivos que levaram a Reprovação e os impactos disso no clube.
Por: Rick Castro, colaboração de Lucas Bisppo.
Na última quinta-feira (6), o Conselho Deliberativo se reuniu na Sede da Lagoa e reprovou as contas apresentadas pela diretoria administrativa em relação ao ano de 2018, por 99 votos a favor e 88 contra. Tratando-se da política do Vasco, não dá para descartar o aspecto político na decisão, sendo assim vamos apresentar os argumentos contra e a favor à reprovação das contas.
Realizado pela BDO, uma empresa de renome em Consultoria e Finanças, o Balanço de 2018 recebeu ressalvas em alguns aspectos. São elas: aproximadamente R$ 32 milhões de em depósitos judiciais; R$ 3,308 milhões em férias a pagar; R$ 1,696 milhão em encargos de férias e R$ 6,241 milhões em rescisões. Em todo esse montante, a auditoria não recebeu evidências de garantia de existência e realização.
Alguns grupos, como o Sempre Vasco e Guardiões da Colina votaram contra a aprovação das contas, porque essas ressalvas não foram explicadas ao Conselho Deliberativo e à torcida, caso do não pagamento do PROFUT, que bloqueou as premiações do Brasileiro de 2019, mas os vice-presidentes responsáveis – João Marcos Amorim e Adriano Mendes acreditavam estar sendo pago.
A diretoria administrativa já havia prometido vir ao Conselho e apresentar documentos que justificassem todas as ressalvas para a aprovação total do balanço, mas não o fez. Após a reprovação das contas, os grupos reuniram assinaturas para uma nova reunião para obter explicações sobre as questões pela direção administrativa.
Por outro lado, grupos como a Confraria Vascaína e Ao Vasco Tudo, defendem o balanço apresentado, argumentando que as ressalvas de depósitos judiciais (a maior parte do valor em ressalva) são comuns em quase todas as empresas. Vitor Roma – possível candidato a presidente pela Confraria, reforça que esse valor é referente a exercícios anteriores, portanto não poderia ser considerado como responsabilidade deste balanço e da gestão Campello.
Segundo publicações de Roma no twitter, o clube tem direito a R$ 42 milhões de reais depositados em justiça, porém sem documentação que comprove isto, foi necessária a contratação de uma empresa para fazer este levantamento, feito em 2019.
Esta não é a primeira vez que o Balanço do Vasco é reprovado. Em 2012, o Conselho Fiscal reprovou as contas do Vasco quatro vezes por irregularidades na casa de R$ 3 milhões, mas a diretoria formada por Roberto Dinamite apresentou posteriormente os documentos.
Com menos divisões políticas na época, a diretoria administrativa conseguia aprovar seus balanços com mais facilidade, apesar de reprovações do Conselho Fiscal.
Agora, cabe a atual diretoria administrativa prestar os devidos esclarecimentos em relação ao PROFUT e as ressalvas, já que desde 2019 nada foi apresentado ao Conselho. Por outro lado, caberia ao Conselho Deliberativo ponderar sobre a preservação da imagem do clube perante o mercado, podendo ao invés de reprovar as contas, adiar a votação até a diretoria apresentar os documentos necessários.