O Vasco da Gama ficou fora da final do Campeonato Carioca após perder para o Nova Iguaçu no último final de semana e só expôs as dificuldades que a equipe vem tendo nos últimos jogos. Esse, aliás, pode ser considerado o primeiro momento de turbulência do treinador Ramón Diaz desde que chegou ao Gigante da Colina.
– Quando alguém não cumpre o objetivo é porque alguma coisa falhou. Seguramente, falhamos todos e principalmente o treinador. Sem dúvidas, quem mais falhou fui eu – reconheceu o treinador argentino após a eliminação.
O Vasco vem de uma derrota e um empate nas semifinais contra o próprio Nova Iguaçu e uma classificação sofrida contra o Água Santa na Copa do Brasil, onde foi inferior ao adversário. As partidas nas semifinais, aliás, foram marcadas por escolhas do treinador que não surtiram o efeito desejado.
Na ida, por exemplo, o treinador optou pelo esquema com três zagueiros que foi consolidado neste início de temporada e funcionou em momentos recentes, como na vitória por 4 a 2 no clássico contra o Botafogo ou na goleada por 4 a 0 sobre a Portuguesa. A formação deixou um espaço no meio de campo muito bem aproveitado pelo Nova Iguaçu, mas o treinador só desfez a linha com três jogadores na defesa aos 12 minutos do segundo tempo, com a entrada de Adson no lugar de Léo.
Na volta, Ramón Díaz mudou o esquema e escalou Rojas e Praxedes como titulares. Em especial a entrada do volante foi bastante questionada pela torcida: Praxedes teve atuação ruim na derrota por 1 a 0 no domingo, passou a ser vaiado pelos vascaínos e só deixou o campo aos 23 minutos do segundo tempo para a entrada de Sforza.
– Vou dizer boas palavras sobre o Bruno (Praxedes). Nós o trouxemos e ele fez muito bem. As pessoas têm que ter confiança na equipe que temos. Não temos outra equipe, esta é a equipe que temos – defendeu Ramón na coletiva.
Ao chegar no ano passado, Ramón viveu uma briga imediata contra o rebaixamento do Vasco e conseguiu lidar bem. O treinador argentino foi, possivelmente, o principal nome da arrancada cruzmaltina e terá para sempre seu nome marcado na história do Gigante da Colina como alguém que salvou o que seria uma tragédia para o clube.
Nessa sequência houveram momentos de instabilidade, como as derrotas consecutivas para Internacional e Flamengo, mas jamais do jeito que está sendo visto agora. Com tempo livre para treinar antes da estreia do Brasileirão, a comissão vem buscando mudar esse panorama e dar uma nova cara ao time.
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