A administração do Vasco SAF rebateu as criticas feitas por Ramón Diaz nesta última segunda-feira sobre seu processo de saída do Vasco da Gama. O ex-treinador do Gigante da Colina, hoje no Corinthians, disse em sua apresentação no clube paulista que foi “demitido por redes sociais”, criticando a falta de comunicação do clube. Além disso, ressaltou que o Vasco ainda lhe deve vencimentos.
– Em primeiro lugar, não é verdade que não os procuramos. Tão logo assumimos o controle da SAF, tanto o presidente Pedrinho quanto membros da diretoria fizeram contato com Emiliano Díaz e seu empresário para entender as pendências e o processo de saída – disse Paulo Salomão, vice-presidente de Pedrinho e membro do Conselho de Administração da Vasco SAF, em nota enviada ao ge.
Segundo apuração do ge, o dinheiro que o Vasco supostamente deve para Ramón Diaz se refere a uma premiação em caso de permanência na Série A do Campeonato Brasileiro, no valor de 1,2 milhões de reais, que seria dividida entre Ramón e seu filho, Emiliano Díaz, auxiliar do clube. O Vasco não comentou sobre a existência desse cláusula.
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O bônus foi prometido ainda na gestão da 777 Partners, afastada pela Justiça da SAF vascaína em maio passado. Ramón Díaz saiu do clube também durante a administração da empresa americana, após uma derrota humilhante contra o Criciúma em São Januário. Existe grande briga entre as partes nos bastidores, já que Ramón Diaz afirma que foi demitido ainda no vestiário por Lúcio Barbosa, que na época era CEO da SAF, enquanto o Vasco alega um pedido de demissão. Tudo isso implica no pagamento ou não da multa rescisória do contrato do argentino, que é avaliada em cerca de 20 milhões de reais. Ramón acionou o Vasco na Fifa pedindo o pagamento do valor integral dessa multa, mas o clube se diz pronto para atuar na Justiça.
– O Vasco seguirá buscando a solução cordial com Ramón Díaz e sua comissão, mas caso não cheguemos nesse acordo, acreditamos que temos elementos suficientes para defender os interesses do Vasco no caso de uma disputa judicial – afirmou Paulo Salomão.
Leia a resposta completa de Paulo Salomão:
“Em primeiro lugar, não é verdade que não os procuramos. Tão logo assumimos o controle da SAF, tanto o presidente Pedrinho quanto membros da diretoria fizeram contato com Emiliano Díaz e seu empresário para entender as pendências e o processo de saída.
Apesar de termos testemunhas de que Ramón pediu demissão ao fim do jogo contra o Criciúma, a comunicação do fato não foi feita de uma maneira protocolar, o que acabou criando brechas para versões e interpretações equivocadas.
É claro que entendemos e também concordamos sobre a importância do Ramón e sua comissão na campanha do ano passado, mas precisamos estender esse mérito também aos atletas e à torcida, afinal, sem esse conjunto de fatores não teria sido possível alcançar os resultados necessários.
Sobre as pendências, incialmente, buscamos um acordo para honrar as mesmas. A renovação do contrato ao fim da temporada passada foi feita sob forte apelo emocional e contou com a fragilidade administrativa da Vasco SAF sob comando do CEO Lúcio Barbosa naquele momento, e isso fica evidente pelos valores fora dos padrões praticados no mercado, pegando um Vasco vulnerável emocionalmente pela luta contra o rebaixamento.
O Vasco seguirá buscando a solução cordial com Ramón Díaz e sua comissão, mas caso não cheguemos nesse acordo, acreditamos que temos elementos suficientes para defender os interesses do Vasco no caso de uma disputa judicial”.
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