Não é segredo que a pandemia afetou os clubes financeiramente em 2020, mas o Vasco teve um problema além da parada do futebol e o estádio vazio. As vendas dos jogadores considerados ativos do clube não corresponderam às metas colocadas no início do ano, e o valor de R$ 46 milhões, estipulado como objetivo, não foi atingido. Segundo o site Globo Esporte, com somente duas vendas realizadas, e o valor recebido do mecanismo de solidariedade, o Cruzmaltino recebeu R$ 33,9 milhões neste ano.
Marrony, R$ 20 milhões, e Nathan, R$ 8, foram as únicas vendas de ativos do clube neste ano. Alexandre Campello chegou a comentar, no meio do ano, que existia a possibilidade da diretoria negociar mais atletas, o que não ocorreu. A má fase de Talles Magno, principal ativo do Vasco nesta temporada, e o insucesso na venda do jogador, é um dos motivos do déficit no valor arrecadado.
O vice-presidente de finanças do Vasco, Carlos Leão, falou ao Globo Esporte sobre as metas e as conquistas do clube em 2020. Leão ressaltou a forma que a diretoria do Cruzmaltino lidou com a crise dada pela pandemia e disse que os números alcançados podem ser considerados bons.
– A gente tinha uma meta de R$ 46 milhões para fazer. Logicamente o impacto da pandemia foi bastante significativo. A gente conseguiu fazer 75% desse valor previsto, que eu entendo como um número muito bom e importante, dada a crise mundial que afetou todos os mercados. – explicou Carlos Leão.
O orçamento do clube em 2020 tinha como meta embolsar R$ 324 milhões, o que ainda está longe de acontecer. Segundo o levantamento do ge, o valor recebido até o fim do terceiro trimestre foi de apenas R$ 124,6 milhões, longe do objetivo estipulado. A queda nos números se dá em razão da diminuição no valor de direitos de transmissão, menos dinheiro recebido dos sócios-torcedores, menor premiação, dado o mal rendimento do time, e a queda drástica nas bilheterias.
A situação financeira do Vasco nesta temporada não se resumirá somente em 2020. Com o adiamento do término das competições, valores como o de direito de transmissão, também foram adiados. Com o conflito político entre os possíveis presidentes do clube na próxima temporada, a dúvida sobre qual ação será tomada para quitar as dívidas é uma das maiores que assombram São Januário.
Por: Micael Abbud