Um centroavante argentino de 34 anos e que tinha jogado a maior parte da carreira na segunda divisão argentina. Essa era a carreira de Pablo Vegetti ao chegar no Vasco da Gama. Apesar de, na época, ser o atual artilheiro do Campeonato Argentino, o centroavante despertava muitas duvidas no torcedor do Vasco, ainda mais na situacao que o time se encontrava.
Mas indo contra os prognósticos, Vegetti chegou e conseguiu marcar gols muito importantes para a permanência na primeira divisão em 2023, se tornando uma grande referência para os torcedores do Vasco. Em entrevista ao ge, o centroavante explicou como sua experiência nas divisões inferiores da Argentina ajudou a se tornar no jogador que é hoje:
— Eu joguei na terceira divisão um ano, fomos campeões, o clube subiu e fui embora. Depois joguei a B Nacional, saí campeão com o Belgrano, a gente subiu e fui embora. Muitos dos times que joguei na terceira divisão hoje estão na segunda e os da segunda estão na primeira. Nos campos que eu jogava ontem muitos jogadores da primeira divisão estão jogando agora. Uma loucura isso. Joguei campeonatos regionais, tipo um Carioca pelo Vasco, foram muitas coisas que me ajudaram a aprender e a crescer.
— Eu sou o único jogador na Argentina que foi artilheiro das três divisões e também da segunda e da primeira de forma consecutiva. Isso me ajudou a crescer e ser o jogador que sou hoje no Vasco.
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História no futebol argentino antes do Vasco
— Eu estava no Gimnasia de La Plata, fiquei oito meses sem jogar. Eu joguei um jogo em janeiro e voltei a jogar em setembro. Eu tinha contrato com o clube e ninguém me falou que eu não estava nos planos do treinador. Eu quis ficar porque em janeiro, na pré-temporada, fomos fazer um jogo fora de La Plata, eu joguei, fiz gol e achei que ia ter oportunidade. Depois desse jogo, o treinador me tirou, nunca falou comigo e fiquei treinando separado. Fiquei puto com a situação, com o clube também, eu tinha mais um ano e meio de contrato. Na janela de julho, o clube disse que queria rescindir o contrato, eu aceitei, mas queria que cumprissem com o pagamento do contrato todo. Estava puto por estar parado há tanto tempo, sem ninguém falar comigo.
— Tinha possibilidade de ir a um clube da primeira divisão, mas eu queria que o clube me pagasse tudo. Hoje também me arrependo disso. Acabei saindo do clube, o mercado da primeira divisão havia fechado e o da segunda divisão fecharia em uma semana. Fiz a rescisão e fui jogar a segunda divisão por um clube do interior, Boca Unidos de Corrientes. Eu falei: “Ou morro aqui ou volto a nascer”. Era um clube muito pequeno, sem torcida, acabou caindo para a terceira divisão, mas eu fiz um segundo turno muito bom, com 12 gols, mas quando cheguei o clube já estava numa situação ruim. Falei para mim: “É agora ou tenho que deixar o futebol”. Tive resiliência. Depois veio o Instituto, fiz 15 gols, fui artilheiro, fui para o Belgrano e aconteceu tudo.
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