A derrota para o Grêmio neste final de semana, na Arena Condá, foi dura para o Vasco da Gama. O Tricolor Gaúcho não vivia bom momento na competição, dentro da zona de rebaixamento, e 3 pontos fora de casa poderiam ser uma realidade alcançável para a equipe treinada por Rafael Paiva, mas o gramado da Arena Condá condicionou a partida para um nível péssimo.
Por conta das chuvas, a lama e poças d’água tomaram conta do campo, prejudicando toda a estratégia traçada tanto por Grêmio quanto pelo Vasco da Gama. Em meio a um jogo truncado e com características diferentes, ganhou quem mais soube se adaptar a situação e lidou melhor com o gramado. O Grêmio dominou a partida enquanto precisava correr pelo resultado e administrou a vitória.
Mas se o gramado causou incômodo aos jogadores, diretores e torcedores do Vasco, outro fator que foi ainda mais negativo foi a arbitragem. Segundo Marcelo Sant’Ana, diretor do Vasco, a reclamação dos jogadores do Grêmio durante toda a semana condicionou a arbitragem da partida na Arena Condá, algo inaceitável. O executivo fez um longo desabafo na coletiva após o jogo.
Desabafo do diretor do Vasco:
“O Vasco quer pontuar apenas como às vezes as arbitragens no Brasil são pré-condicionadas desde antes das partidas, e como o árbitro às vezes entra totalmente pressionado. O Vasco hoje não tem responsabilidade de pagar pelo erro que o Grêmio sofreu no jogo contra o Corinthians. Aí você vê com 40 segundos o árbitro, de maneira precipitada, já dá um amarelo para um atleta do Vasco e já faz a sinalização para os atletas do Grêmio que esse tipo de pressão vai funcionar.
Nas bolas paradas ofensivas do Vasco, várias vezes o árbitro retardava a cobrança, isso aumenta o nível de ansiedade dos jogadores. Diversas vezes ele foi reclamar com o Vegetti, que estava tentando se posicionar, ele tinha que reclamar é com o defensor que está impedindo a cobrança. O Coutinho, no final do segundo tempo, não conseguiu cobrar a falta, demorou mais de 2 minutos e 30.
Embora não teve um erro grave e gritante, depois que o Grêmio chegou à frente do placar, todas as vezes que o goleiro do Grêmio ia cobrar o tiro de meta, o árbitro dava as costas. O goleiro ganha confiança para ficar retardando a cobrança. Têm algumas situações que vão me chateando, não teve nenhum erro gravíssimo, mas têm diversas situações que quem está no dia a dia se sente prejudica, os atletas ficam estressados. A gente tem observado isso ao longo do campeonato.
O Vasco poderia ter reclamado no jogo contra o Atlético-MG, que teve um lance de cotovelada no Praxedes que o árbitro não foi nem ao VAR. Na rodada anterior, contra o Atlético-GO, o Vasco teve um gol anulado que não teve indicação no lance do impedimento, não passou imagem, a transmissão não comentou. O Vasco teria todo direito para pontuar antes, mas não queríamos aumentar a pressão em cima da arbitragem. Mas tem hora que se o clube não se pronuncia em público, a comissão de arbitragem não toma providência. O Vasco, a partir de hoje, quer que a comissão de arbitragem tenha mais rigor nas escalas, e que os árbitros tenham autonomia para fazer seu trabalho.“
Vegetti, atacante do Vasco, também desabafa:
“Um jogo que não pudemos jogar por causa do campo, pelo rival e pelo árbitro. Eles (Grêmio) reclamaram depois da partida contra o Corinthians, choraram toda a semana. Não se pode jogar futebol assim. Fez tumulto… Impossível, impossível, muito anti-futebol. Parece que você tem que queixar-se, chorar para que te ajudem um pouquinho. É impossível jogar futebol assim. Foi uma partida que o campo também não tinha condições de jogar, mas as queixas e o que choraram os jogadores e o treinador (do Grêmio). Reclamam a todo tempo. Uma lástima”
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