O clássico entre Vasco e Fluminense deste domingo, em São Januário, pelo Brasileiro, colocará frente a frente na beira do campo o pressionado Ricardo Sá Pinto e o estreante Marcão. Ainda que em brigas distintas na tabela, os técnicos buscam em comum no confronto a afirmação profissional.
Demitido do Braga, de Portugal, em dezembro de 2019, Sá Pinto viu no mercado brasileiro uma boa oportunidade de valorização de seu trabalho. Desde que assinou com o Vasco, no entanto, não tem tido vida fácil. Contratado com a missão de livrar o time carioca do quarto rebaixamento da sua história, o treinador português tem sofrido com problemas que extrapolam o seu controle, como atrasos de salários, guerra política deflagrada no clube com a judicialização da eleição presidencial e com a pandemia de Covid-19 que deixou o Gigante da Colina na liderança de números de casos entre as equipes da Série A.
Dentro de campo, o fraco desempenho do Vasco também tem servido para aquecer o caldeirão vascaíno. Sá Pinto assumiu um time em franca queda na tabela, mas ainda na 13° posição do Brasileiro, hoje, o Machão da Gama está na 17º colocação e recentemente foi eliminado da Sul-Americana ao perder em casa para o Defensa y Justicia. Os maus resultados provocaram a ira da torcida, que nos últimos dias tem promovido diversos protestos, e colocou a permanência do comandante em xeque.
Por Laranjeiras, a situação é mais calma. Com o Fluminense estacionado na quinta colocação do torneio nacional, Marcão assume o tricolor, após pedido de demissão de Odair Hellmann, com a missão de conduzir a equipe de Nenê, Fred e Muriel à próxima edição da Libertadores. Mas na sua quarta passagem como treinador interino do Fluminense, Marcão, que no ano passado logrou êxito ao livrar os cariocas do risco de rebaixamento, sabe bem que uma queda de desempenho da equipe pode minar sua tão sonhada pretensão de ser efetivado no comando tricolor para a próxima temporada.
Por: Diego Neves