O Vasco da Gama tomou uma medida estratégica que deve impactar diretamente os rumos financeiros e esportivos do clube nos próximos meses. Na última semana, a diretoria acertou a renovação contratual de Rayan, uma das maiores promessas reveladas por São Januário nos últimos anos. O vínculo, que antes terminava no fim de 2025, foi estendido até dezembro de 2026 — uma ação que não apenas protege o clube contra uma saída gratuita, como também prepara o terreno para uma negociação milionária ainda em 2025.
A movimentação é vista como parte fundamental do plano de reestruturação traçado pelo Vasco, com apoio da consultoria Alvarez & Marsal, que vem auxiliando o clube na organização financeira desde 2023. Em relatórios elaborados em setembro do ano passado, a empresa já sugeria a venda de Rayan como uma das medidas cruciais para garantir estabilidade a médio prazo. Na ocasião, o valor estimado de venda era de R$ 40 milhões — cifra que hoje é considerada modesta diante da valorização do atacante.
Rayan em Cruzeiro x Vasco, pelo Brasileirão — Foto: Matheus Lima / CRVG
De promessa a ativo valioso no mercado internacional
Rayan, que completa 19 anos em agosto, já vinha sendo observado de perto por clubes europeus desde a base. A conquista do Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira, aliada à sua efetivação no elenco profissional do Vasco e à expectativa pela disputa do Mundial Sub-20 ainda este ano, elevou seu status no mercado. Segundo apuração do ge, o Vasco trabalha com projeções internas que chegam a R$ 100 milhões em uma eventual transferência — mais que o dobro do valor inicial previsto.
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Em meio ao assédio de clubes do exterior, a renovação contratual foi conduzida com sensibilidade e bom senso. Rayan e seu pai, Valkmar, mantêm uma ótima relação com a diretoria vascaína, e não cogitaram forçar uma saída que pudesse prejudicar o clube. O risco era real: com contrato até dezembro de 2025, o atacante poderia assinar um pré-contrato com qualquer equipe em junho deste ano, saindo sem deixar retorno financeiro para São Januário.
Negociações frustradas e preparação para o futuro
O Vasco sabe que a saída de Rayan é apenas uma questão de tempo — e já vem se movimentando nos bastidores. Ainda na janela passada, o clube buscou o jovem atacante Neiser Villarreal, destaque do Millonarios e da Seleção Colombiana Sub-20, como possível reposição. As tratativas não avançaram, mas mostram que o departamento de futebol já se prepara para o “pós-Rayan”.
Além do talento técnico, a saída do jovem deve representar um fôlego financeiro importante. Com cerca de 90% dos direitos econômicos, o Vasco poderá transformar a venda em uma de suas maiores transações da história. Internamente, dirigentes reconhecem que manter Rayan por muito mais tempo será inviável diante do mercado. “É impossível manter o Rayan”, confidenciou uma fonte do clube.
Rayan em Vasco x Bahia — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Venda inevitável, mas com responsabilidade
A estratégia vascaína é clara: manter Rayan em evidência, valorizá-lo ao máximo e vendê-lo no momento ideal — sem pressa, mas com foco. A diretoria trabalha com cenários em que a saída do atacante ajude não só a equilibrar as contas, mas também a reinvestir parte da receita em reforços e na estruturação do elenco principal.
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“A venda de jogadores é uma das receitas mais determinantes para os clubes brasileiros. Nosso objetivo é fazer isso de forma planejada, buscando também qualificar nosso elenco”, afirmou o diretor de futebol Marcelo Sant’anna.
Com o novo contrato assinado e a janela de transferências do meio do ano se aproximando, a expectativa é de que as propostas oficiais comecem a chegar em breve. O Vasco, por sua vez, está pronto: tanto para vender bem, quanto para seguir competitivo.
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