A decisão do Vasco em apoiar de forma antecipada a candidatura de Samir Xaud à presidência da CBF gerou desconforto e tensão nos bastidores entre os clubes da Série A. O gesto do clube de São Januário rompeu com um grupo que vinha articulando uma posição conjunta para fortalecer o nome de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), como alternativa.
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Divisão entre os clubes
O apoio declarado do Vasco — primeiro clube a se posicionar oficialmente ao lado de Samir Xaud — foi seguido rapidamente por Botafogo, Palmeiras e Grêmio. O movimento irritou um bloco formado por Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional e São Paulo, que defendia uma candidatura de oposição com base no fortalecimento do poder dos clubes frente às federações estaduais.
Internamente, dirigentes desse grupo têm se manifestado de forma dura em grupos de WhatsApp e em conversas reservadas. A principal queixa é que o gesto do Cruzmaltino enfraqueceu a articulação que pretendia unir os 40 clubes das Séries A e B contra o bloco tradicional das federações, que novamente dará as cartas na eleição.
Candidato único e maioria garantida
Com a assinatura de 25 federações e apoio confirmado de 10 clubes, Samir Xaud, médico de 41 anos, será eleito presidente da CBF no próximo domingo (25), às 10h30, em cerimônia na sede da entidade. Haverá possibilidade de voto remoto, respeitando o calendário do Campeonato Brasileiro.
Apesar do clima de ruptura entre os clubes, o resultado da eleição já é considerado irreversível. Nos bastidores, a avaliação é de que o Vasco tomou uma decisão estratégica ao se alinhar desde cedo ao grupo vencedor, mesmo ao custo de se afastar de parceiros tradicionais como Fluminense e Flamengo.
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