A chegada do técnico Fernando Diniz ao Vasco causou mudanças imediatas na configuração do elenco — e um dos primeiros a sentir os efeitos dessa transição foi o atacante argentino Benjamín Garré. Contratado no fim de fevereiro por 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 14,9 milhões), o jogador perdeu espaço e não recebeu sequer um minuto em campo sob o comando do novo treinador.
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Desde que Diniz assumiu, na partida contra o Lanús, Garré assistiu do banco os últimos quatro jogos da equipe, mesmo em momentos em que o time precisava de alternativas ofensivas. O argentino soma 13 partidas com a camisa cruzmaltina, apenas uma assistência e nenhum gol — desempenho que já gerava desconfiança entre torcedores mesmo antes da troca no comando técnico.

Duelo contra o Ceará foi o último jogo de Garré como titular do Vasco — Foto: Matheus Lima/Vasco
Do entusiasmo à geladeira
Garré chegou ao Vasco após passagem pela Rússia, com status de reforço de impacto. Iniciou cinco partidas como titular com Fábio Carille, sendo escalado principalmente pelo lado direito. No entanto, sua efetividade em campo ficou aquém do esperado. Após o clássico contra o Flamengo no dia 19 de abril, quando foi titular em empate sem gols, o argentino nunca mais voltou ao time inicial.
Durante o período de transição, sob o comando interino de Felipe Loureiro, Garré ainda foi acionado em jogos contra Operário-PR, Palmeiras e Puerto Cabello. Mas com Fernando Diniz no comando, o argentino sequer entrou em campo. Rayan e Nuno Moreira têm sido os titulares nos lados do ataque, enquanto Adson e Loide Augusto ganharam espaço como reservas imediatos.

Garré em ação no treino do Vasco — Foto: Matheus Lima / CRVG
Diniz cobra tempo e vê desempenho abaixo nos treinos
Questionado na coletiva após a derrota por 2 a 1 para o Fluminense, Diniz foi direto: ainda não viu, nos treinos, motivos para apostar no jogador.
“Não posso responder ainda pelo Garré, conheço muito pouco dele. Do Garré, Sforza, Jean (David), Loide… São jogadores que vieram e eu não tenho o histórico. O pouco que vi nos treinos não teve ninguém que me saltou os olhos para me dar confiança para botar ainda. Vai acontecer com o tempo”, explicou o treinador.
“Pode ser que o Garré seja o titular a qualquer momento e o melhor jogador do time. Mas preciso de tempo para ver”, completou.
Segundo Diniz, a escolha por outros nomes, como Mateus Carvalho e Tchê Tchê, foi baseada em regularidade e maior entendimento do estilo de jogo, além de adaptação mais rápida.
Contrato pesado, metas e futuro indefinido
Além dos 2,5 milhões de euros pagos na compra, o contrato de Garré prevê 1 milhão de euros extras em bônus (R$ 5,9 milhões), atrelados a metas como presença em 40% dos jogos de 2025, participação em gols e classificação do clube à Libertadores. Com o atual cenário, essas metas estão longe de serem alcançadas.
A situação de Garré expõe um problema recorrente do Vasco nos últimos anos: investimentos altos sem retorno técnico imediato. A falta de espaço do jogador, somada à reformulação do elenco promovida por Diniz, levanta dúvidas sobre o futuro do argentino no clube.
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Próxima chance?
Apesar do momento delicado, Garré pode ter uma nova oportunidade nesta terça-feira (27), contra o Melgar, pela última rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Com a vaga no mata-mata garantida, é possível que Diniz promova alterações e teste nomes menos utilizados.
A bola rola às 19h (de Brasília), em São Januário.
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