Ter muitas opções nem sempre significa ter a solução. Esse é o dilema que define o meio-campo do Vasco na metade da temporada de 2025. Com um elenco recheado de volantes, a diretoria cruzmaltina identificou no setor sua maior carência e agora se movimenta no mercado com uma estratégia dupla: enxugar a folha de pagamento e trazer um nome de peso para assumir a posição e dar a estabilidade que o técnico Fernando Diniz tanto precisa.
Um quebra-cabeça sem solução no Vasco
Ao longo do primeiro semestre, o meio-campo se tornou uma verdadeira dor de cabeça. A dupla mais acionada, formada por Hugo Moura e Tchê Tchê, até conseguiu entregar momentos de equilíbrio, mas a oscilação constante impediu que se consolidassem como uma base confiável para o time. A titularidade de ambos esteve frequentemente sob debate, refletindo a falta de um pilar no setor.
O problema se agravava ao olhar para o banco de reservas, que não ofereceu o impacto esperado. As esperanças depositadas em Jair e Paulinho após suas recuperações de lesão se frustraram, já que não conseguiram retomar o nível de antes. Enquanto isso, Mateus Carvalho sofreu uma queda de rendimento e Sforza, uma das apostas do início do ano, hoje sequer é relacionado para as partidas, figurando na lista de negociáveis do clube.
Thiago Mendes: a aposta para o fim da instabilidade
A busca pelo “camisa 5” ideal tem um alvo claro: Thiago Mendes. O jogador, com passagens por São Paulo, Lille e Lyon, é visto como a peça com a experiência e a qualidade técnica necessárias para organizar o sistema de Diniz. O fato de seu contrato com o Al-Rayyan estar no fim anima a diretoria, que poderia trazê-lo para São Januário sem custos de transferência.
A negociação, contudo, esbarra nos valores de salário e luvas. O Vasco propôs um modelo de remuneração variável, que não agradou em cheio ao estafe do atleta, comandado por Paulo Pitombeira. A presença do empresário, que também representa Léo Jardim e João Victor, pode ser um trunfo para que as partes cheguem a um acordo.
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