Uma decisão por pênaltis sempre é de tirar o fôlego, e a noite desta quinta-feira no Nilton Santos provou isso. Depois do empate por 1 a 1 no tempo normal, o Vasco levou a melhor nas cobranças por 5 a 3 e eliminou o Botafogo, garantindo vaga na semifinal da Copa do Brasil contra o Fluminense. Mas os bastidores da disputa mostraram muito mais do que técnica: revelaram emoção, estratégia e até redenção.
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A roda de Diniz e o discurso que motivou o time
Assim que o jogo terminou, os jogadores do Vasco se reuniram em campo para definir a ordem dos batedores. No centro da roda, Fernando Diniz fez um discurso efusivo, marcando presença e motivando o time: “Coragem é para quem bate, não para quem faz gol”, disse o treinador.
Na coletiva, Diniz contou detalhes da decisão:
- “Tinha uma lista pronta do primeiro ao 23º. Coloquei quem estava acostumado a bater. E o Robert Renan foi o único que não tinha falado nada, mas estava pronto. Eu falei: ‘Robert, você bate o quinto’. Ele respondeu: ‘Está certo’. Foi mais intuitivo do que planejado.”
- “Ele merecia esse prêmio, passou por momentos difíceis no Inter. Foi a melhor pessoa para bater o quinto pênalti.”
Robert Renan: da pressão à redenção
O zagueiro Robert Renan carregava o peso de um erro pelo Internacional em 2024, quando perdeu um pênalti de cavadinha que resultou na eliminação do time no Gauchão. Pelo Vasco, ele bateu o último pênalti decisivo e garantiu a classificação, vivendo um momento de redenção. Antes da cobrança, confessou que pensou no erro passado, mas se manteve focado e confiante.
Puma Rodríguez ainda tentou brincar com ele: “Cava, cava, cava!”, mas Robert não ouviu e bateu firme, cruzado, levando o Vasco à semifinal.
Léo Jardim: a muralha vascaína
A confiança do grupo em Léo Jardim era total. Desde sua chegada em janeiro de 2023, o goleiro participou de seis decisões por pênaltis na Copa do Brasil e venceu cinco delas. Na cobrança de Alex Telles, Léo fez sua sétima defesa em penalidade pelo clube. Puma destacou a confiança do time:
- “A gente sabia que um pênalti ele ia pegar. Só precisávamos fazer o nosso.”
O próprio Léo explicou sua estratégia: “É intuição, estudo. Tentamos ler o batedor e induzir de alguma forma. É um jogo mental do goleiro com o jogador, junto com a preparação da comissão.”
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Festa e comemoração
Com todas as cobranças convertidas, Robert Renan marcou o quinto pênalti e a torcida explodiu junto com jogadores e comissão técnica atrás do gol. Agora, o Vasco se prepara para enfrentar o Fluminense na semifinal, nos dias 10 e 14 de dezembro.
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