Classificado para as semifinais da Copa do Brasil, o Vasco ainda encontra dificuldades para engrenar no Campeonato Brasileiro. Desde a chegada de Fernando Diniz, a equipe apresentou evolução no desempenho, mas os resultados não acompanharam, e o time permanece próximo da zona de rebaixamento.
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Nas oito primeiras rodadas, o Vasco havia somado apenas sete pontos (29% de aproveitamento). Com Diniz, conquistou 16 em 42 possíveis (38%). O rendimento melhorou, mas segue insuficiente para afastar o risco, já que o clube está apenas um ponto acima do 17º colocado.
Apesar de atuações mais consistentes, os números explicam a fase instável. Veja os principais fatores:
1. Baixo aproveitamento em São Januário
Tradicional ponto forte do Vasco, São Januário virou dor de cabeça em 2025. O clube completa 123 dias sem vencer em casa pelo Brasileirão, o segundo maior jejum da era dos pontos corridos. Desde o 3 a 0 sobre o Fortaleza, em maio, foram cinco jogos sem vitória: derrotas para Bragantino e Corinthians e empates com Grêmio, Atlético-MG e Ceará.
2. Chances desperdiçadas
O time tem produzido, mas falha na hora de concluir. Contra o Bragantino, foram 20 finalizações, apenas três no alvo. Contra o Grêmio, 28 arremates contra seis do rival, mas empate no placar. Situação semelhante aconteceu diante do Internacional, quando o Vasco abriu vantagem, desperdiçou chances claras e levou o empate após a expulsão de Léo Jardim.
3. Defesa vulnerável
O sistema defensivo continua sendo um problema. Em 14 jogos do Brasileirão sob o comando de Diniz, o Vasco sofreu 22 gols (média de 1,57 por jogo), índice superior ao dos dois últimos anos: 1,34 em 2023 e 1,47 em 2024.
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4. Erros individuais
Segundo levantamento do Gato Mestre, o Vasco lidera o ranking de falhas individuais que resultaram em gols no campeonato: nove até aqui. Apenas contra o Ceará, no último domingo, erros de Paulo Henrique e Mateus Carvalho custaram a vitória. Situação semelhante já havia ocorrido diante de Mirassol e Internacional, em jogos que juntos significaram sete pontos desperdiçados.
5. Desfalques constantes
Lesões e mudanças no elenco também prejudicam. Diniz perdeu Adson e Jair para o restante da temporada. Lucas Piton e Tchê Tchê, titulares absolutos, estão no departamento médico. Além disso, João Victor e Luiz Gustavo deixaram o clube na última janela, obrigando o treinador a improvisar Hugo Moura na zaga por mais de um mês, até as chegadas de Carlos Cuesta e Robert Renan.
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