O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou, nesta quarta-feira (13), através de suas redes sociais, que irá revogar a decisão da prefeitura, em parceria com o governo do estado, de liberar a presença de torcida nos estádios. De acordo com a medida, seria liberada a presença limitada de torcedores. A capacidade permitida seria de acordo com a classificação de risco da Covid-19 de cada bairro.
Eduardo Paes publicou, na manhã desta quarta-feira, um comunicado onde informava que a decisão será revogada. O prefeito do Rio viu a medida como “quase impossível de ser fiscalizada”, ainda que esteja correta tecnicamente, de acordo com a secretaria de saúde do Rio de Janeiro. Confira a publicação de Paes.
A decisão de liberar os estádios com uma ocupação mínima de 1/10 está correta tecnicamente de acordo com nossa secretaria de saúde. No entanto, obviamente trata-se de medida quase impossível de ser fiscalizada. A medida será revogada.
— Eduardo Paes (@eduardopaes) January 13, 2021
Caso a medida não fosse revogada, São Januário seria um dos estádios que poderia ter maior presença de torcedores atualmente. O bairro de São Cristóvão, onde fica a Colina Histórica, tem índice da covid-19 considerado moderado. A capacidade liberada seria de 20%, mas com a decisão de Eduardo Paes, os jogos continuarão a ser com os portões fechados.
Pressão por volta
Não é a primeira vez que a discussão pela volta dos torcedores aos estádios vem à tona. Em setembro de 2020, o Vasco, junto à outros clubes, pressionou o governo do Rio de Janeiro para que liberasse a presença da torcida nos estádios. Na ocasião, o governador interino do Rio, Cláudio Castro (PSC), publicou, em edição extraordinária do Diário Oficial, a proibição da presença de torcidas em estádios de futebol.
Sem os torcedores em São Januário, o Vasco diminuiu o índice de vitórias em casa. A falta do apoio dos vascaínos influenciou diretamente no rendimento da equipe em campo. O técnico Vanderlei Luxemburgo mandou um recado aos torcedores quando foi contratado pedindo que “invadissem” as redes sociais dos atletas para compensar a falta de incentivo vindo da arquibancada em campo.