A Administração Judicial (AJ) da Recuperação Judicial do Vasco reconheceu a urgência do pedido de empréstimo de R$ 80 milhões feito pelo clube. Contudo, em seu parecer, fez uma série de exigências e críticas à forma como a solicitação foi apresentada. O documento, além de apontar uma “erosão acelerada” no caixa da SAF, cobra mais transparência e o cumprimento de ritos estatutários para que o negócio possa avançar.
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Parecer confirma a delicada situação financeira
O parecer da AJ, divulgado pelo portal ge, valida a tese da diretoria de que o financiamento é essencial. O documento revela que o saldo de caixa da SAF caiu de R$ 59 milhões em março para R$ 17 milhões em agosto deste ano. O cenário, classificado como uma “erosão acelerada das reservas financeiras”, confirma a necessidade de uma injeção de capital para cobrir despesas correntes.
Apesar de concordar com a urgência, a AJ criticou a ausência de um plano detalhado para o uso dos recursos, o que é uma exigência contratual. O parecer também aponta a falta de um laudo independente que avalie os 20% das ações da SAF oferecidas como garantia. O Ministério Público, em linha semelhante, já havia se manifestado pela rejeição do pedido, por considerar o contrato ainda não celebrado e seus termos desconhecidos.

Aprovações internas ainda são necessárias
Outro ponto crucial levantado pela AJ é a necessidade de aprovação interna. O estatuto do Vasco exige que a utilização das ações da SAF como garantia passe pelo aval do Conselho Deliberativo, o que ainda não ocorreu.
O vice-presidente jurídico, Felipe Carregal, já havia afirmado que o empréstimo era previsto para cobrir o rombo deixado pela 777 Partners e evitar a venda de Rayan. A decisão final, que precisa ponderar todas essas questões, agora está nas mãos da Justiça.
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