“Legalmente, é possível qualquer devedor pedir a reunião com todos os credores. Pode ser feito acordo com alguns, mas quem não quiser pode continuar com a ação”. A frase do juiz auxiliar da vice-presidência Judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, Edilson Soares de Lima, se aplica bem ao atual momento do Vasco – que busca um acordo judicial para o parcelamento de suas dívidas. Em parceria com Fluminense e Botafogo, o Gigante da Colina entrou com um pedido na Justiça para encaixar tais pagamentos de modo que não comprometa sua receita.
Por Fabio Ramos
A tendência é que o acordo seja selado, visto que a Portuguesa já se beneficia do mesmo desde o início dessa semana. “A Justiça determinou a unificação de todos os processos numa única vara e suspendeu todas as penhoras. Ela ainda aceitou a proposta da Portuguesa de pagar mensalmente os créditos trabalhistas por meio de 30% de sua receita, garantindo-se um mínimo de R$250 mil reais”, afirmou o advogado Antônio Carlos Aguiar, do escritório Peixoto & Cury, que representou o clube, ao Blog do Daniel Lavieri do UOL Esporte.
O Vasco está empenhado em melhorar sua saúde financeira, especialmente após uma temporada bastante atípica por conta dos efeitos causados pela pandemia de COVID-19. Aliás, de acordo com o jornalista Rodrigo Capelo, do Globo Esporte, ao término de novembro de 2020, “é verdade que a situação continua péssima, entre salários atrasados e cobranças impagáveis de credores. Mas, por causa da administração austera dos poucos recursos existentes, pelo menos ela não piorou”. Em resumo, o Vasco conseguiu manter o mesmo patamar de receitas que havia alcançado no mesmo período do ano anterior: em nove meses, foram arrecadados R$ 131 milhões em ambos os anos, com uma redução de aproximadamente R$ 20 milhões em 2020.