A goleada de 5 a 0 sofrida para o Atlético-MG não foi um acidente de percurso isolado, mas sim o capítulo final de uma derrocada impressionante. O Vasco da Gama se despediu do Campeonato Brasileiro de 2025 de maneira melancólica, expondo uma fragilidade que preocupa para as semifinais da Copa do Brasil. O recorte final da competição mostra um time que, após garantir a pontuação de segurança contra o rebaixamento, simplesmente “desligou” os motores.
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O colapso do Vasco após os 42 pontos
A análise dos números é cruel. O Cruz-Maltino sofreu sete derrotas nas últimas oito partidas disputadas. O aproveitamento nesse período foi de pífios 12,5%, digno de lanterna de campeonato. A sequência negativa começou logo após o time atingir a marca de 42 pontos, criando uma falsa sensação de dever cumprido que contaminou o vestiário.
Desde então, o Vasco enfileirou tropeços traumáticos: perdeu em casa para o São Paulo e para o Mirassol, foi superado em clássico pelo Botafogo e protagonizou um vexame contra o rebaixado Juventude em São Januário, sofrendo com a “lei do ex” do veterano Nenê. A única exceção nesse mar de resultados ruins foi a vitória atípica sobre o Internacional, que serviu apenas para mascarar a queda vertiginosa de rendimento coletivo e individual sob o comando de Fernando Diniz.

19 derrotas: Um turno perdido
Ao fechar a régua da competição, o dado que mais assusta é o número total de reveses: foram 19 derrotas em 38 rodadas. Isso significa que o Vasco perdeu exatamente metade dos jogos que disputou, o equivalente a um turno inteiro sem somar pontos.
O clima pesou tanto que, após o apito final na Arena MRV, os jogadores optaram pelo silêncio e se recusaram a dar entrevistas na zona mista, evidenciando o desconforto e a falta de explicações. Agora, a missão é juntar os cacos psicológicos e técnicos para tentar salvar o ano no mata-mata contra o Fluminense, sabendo que o desempenho recente não credencia o time ao favoritismo.

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