O Vasco da Gama tem um encontro marcado com o destino na próxima quinta-feira (11), quando enfrenta o Fluminense pela semifinal da Copa do Brasil. Foi pensando exclusivamente nesta data e neste adversário que o técnico Fernando Diniz optou por escalar uma equipe inteiramente reserva na goleada sofrida para o Atlético-MG.
Na entrevista coletiva pós-jogo, o comandante foi incisivo ao defender sua escolha, argumentando que a crítica baseada apenas no resultado final do Brasileirão é uma análise superficial que ignora a importância do clássico decisivo.
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O risco invisível e o foco dividido no Vasco
Para Diniz, o problema de escalar os titulares na Arena MRV ia muito além do desgaste físico; envolvia o aspecto mental e o risco inaceitável de perder peças fundamentais para o jogo do ano contra o Tricolor. O treinador foi direto ao questionar a imprensa sobre o comprometimento psicológico que os atletas teriam em um jogo que valia menos do que a decisão de quinta-feira.
Ele sugeriu que a derrota poderia acontecer mesmo com força máxima devido à falta de foco total e à preocupação com o jogo seguinte:
“Você acha que os jogadores que viriam jogar estariam com a cabeça totalmente aqui tendo a Copa do Brasil para jogar na quinta-feira? Se a gente vem aqui e perde, esse é o problema.”
“Se a gente traz o Rayan e machuca?”
O ponto central da defesa de Diniz foi a preservação da integridade física de seus pilares. Ele utilizou nomes específicos para ilustrar o cenário catastrófico que tentou evitar antes do duelo contra o Fluminense e se mostrou visivelmente incomodado com a “engenharia de obra pronta” das críticas:
“Se a gente traz o jogador aqui e perde de 1 a 0, vocês estariam fazendo outro tipo de questionamento. Por que não poupou os jogadores? Por que expôs? Se a gente traz o Rayan e machuca o Rayan? Traz o Léo Jardim e machuca o Léo Jardim?”
Diniz encerrou o assunto cobrando coerência nas análises, apontando que o julgamento pós-fato ignora as variáveis que a comissão técnica precisa gerenciar no dia a dia.
“Vocês só questionam depois do acontecido. Aí fica fácil, vocês devem achar que isso é justo, mas não é justo”, finalizou.
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