Um dos grandes problemas a serem enfrentados pela nova gestão do Vasco, que é encabeçada pelo presidente Jorge Salgado, será sem dúvidas o saneamento das dividas do clube. Segundo o ex-presidente Alexandre Campello, o agravo na crise financeira se deu a dividas antigas, principalmente de 2012 e 2013, que não haviam sido descobertas até a publicação do último balancete financeiro.
De acordo com Campello, cerca de R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões gerais da dívida, fazem parte de ações da gestão Dinamite, que conquistou a Copa do Brasil e fez boas campanhas no Campeonato Brasileiro, mas ainda onera o clube por conta do alto investimento. Na tarde de hoje (9), a dívida mais recente a ser descoberta foi divulgada: Wendel, volante do clube entre 2012 e 2013, pede R$ 15 milhões ao Vasco. Quando a ação foi vencida, em 2013, o valor era de “apenas” R$ 1 milhão. Ainda de acordo com Campello, o escritório que cuida das ações trabalhistas do clube havia reportado que haveria problemas em relação a alguns processos:
– São dívidas antigas, de processos que não apareciam nas certidões. O crescimento não é por que a nossa gestão perdeu controle dos gastos – disse Campello ao o Globo.
Jorge Salgado, recém eleito presidente do clube, também comentou sobre a situação do Cruzmaltino e dificuldade imposta com o acúmulo de dividas:
– O endividamento é muito alto, algo na casa dos R$ 700 milhões, com uma receita muito baixa, em torno de R$ 200 milhões. Esse é o nosso grande desafio, equacionar a dívida. A principal dívida é fiscal. Tem a trabalhista, a cível e a bancária. Talvez passaremos a trabalhista numa auditoria, fomos surpreendidos com seu aumento. Queremos entender o motivo e a partir disso partir para uma renegociação. Se tudo der certo, vamos conseguir um abatimento. Quanto à dívida cível, bancária, vamos de ter de criar uma solução. Uma opção é ir ao mercado atrás de debentures (a venda da dívida para terceiros). Arrumada a situação a curto prazo, ganhamos fôlego e passamos a ter uma dívida de meio a longo prazo – explicou o presidente.
Por: Lucas Gomes