Aos 22 anos, Dulce Rosalina, foi a primeira mulher a assumir a presidência de uma torcida organizada de time de futebol. Vascaína desde o berço, Dulce se tornou sócia torcedora do clube com apenas dois anos de idade. O pai, português naturalizado brasileiro, foi quem influenciou a então menina a torcer e vibrar com o Vasco da Gama.
Em 1956, tornou-se a primeira mulher a presidir uma torcida organizada, a TOV (Torcida Organizada do Vasco). Feito inédito no Brasil, já que esse alto cargo era ocupado apenas por homens. Dulce inovou ao implantar concurso de bateria e levando papel picado aos estádios.
O amor e empenho da torcedora era tanto que ela decidiu abandonar seu emprego para dedicar integralmente seu tempo ao clube. Dedicação esta que foi reconhecido pela Revista do Esporte que a intitulou como “melhor torcedora do Brasil”. Em forma de retribuição, Dulce doou o prêmio ao clube de São Januário.
Em 1977, por causa de seu posicionamento político, abandonou a TOV para fundar a torcida RenoVascão. Dulce Rosalina faleceu no dia 19 de janeiro de 2004. A torcedora foi homenageada pela prefeitura do Rio de Janeiro, que em decreto de 22 de janeiro de 2004, mudou o nome da antiga rua do Reservatório para “Dulce Rosalina”.
Por: Breno