Documento, assinado por Campello e WTorre em 2020, teve seu prazo expirado no final do mês de fevereiro; clube e construtora conversam para alinhas novas ideias.
A carta de intenções que o ex-presidente vascaíno Alexandre Campello havia assinado, em agosto do ano passado, com a WTorre – mesma empresa que construiu o Allianz Parque, do Palmeiras – para a reforma de São Januário expirou no último dia 22 de fevereiro. O documento previa que a captação de recursos e a definição do projeto deveriam acontecer até este prazo, o que acabou não ocorrendo. É importante lembrar que esse projeto de reforma e ampliação de São Januário tem um orçamento de cerca de R$ 275 milhões. As informações foram divulgadas pelo canal Atenção Vascaínos.
Por Fabio Ramos
De acordo com Pedro Seixas, VP de Obras da gestão de Alexandre Campello, não existe preocupação quanto a isso. “Estamos em pleno processo de prorrogação com a WTorre. A gente aproveitou para revisitar direitos e deveres, incorporamos algumas novas ideias trazidas pela nova gestão presidida por Jorge Salgado, buscando sempre o máximo de retorno para o clube. Temos novas ideias em cima da formatação do projeto, que podem realmente mudar. Mas, a princípio, o escopo não mudará. A participação da WTorre continua sendo fundamental, e eles receberam muito bem essas novas ideias”, disse a assessoria do clube em conversa com o canal Atenção Vascaínos.
A previsão inicial era que as obras começassem no segundo semestre de 2021 e terminassem em agosto de 2023, no mês de aniversário de 125 anos do clube. Essa estimativa, no entanto, deve sofrer novas alterações, já que o Vasco ainda busca investidores. Nas conversas iniciais com a WTorre, ficou definido que toda a bilheteria do novo estádio será do Gigante da Colina, repassando à empresa um valor pré-fixado por pessoa presente. O Cruzmaltino ainda teria direito a um percentual sobre a receita líquida gerada pelos serviços que o estádio terá, como camarotes, restaurantes.
Outro ponto importante a ser ressaltado, é em torno do reconhecimento de São Januário como patrimônio histórico, cultural, desportivo e social da cidade do Rio de Janeiro. Algo que não muda em nada a situação do estádio, já que se trata apenas de – como o próprio nome já diz – um ‘reconhecimento’, e não um ‘tombamento’ pelo Poder Executivo Municipal. Com isso, o projeto de modernização e ampliação do estádio Cruzmaltino segue sendo possível de ser realizado.