O presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, concedeu uma entrevista na última quarta-feira (20), ao programa Troca de Passes, do SporTV, para falar a respeito dos recentes acontecimentos do futebol e do almoço em que o mandatário participou junto do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, com o presidente da república, Jair Bolsonaro.
Quando a entrevista já se dirigia para o fim e antes de sua última pergunta, o apresentador Rodrigo Rodrigues relembrou os protocolos de segurança que o programa adota na TV.
– O Troca de Passes é o único programa do canal que está sendo feito no estúdio, seguindo todos estes protocolos: distanciamento, máscara, álcool em gel – a gente só tira a máscara para entrar no ar… – Disse, antes de se interrompido por Campello.
– Não vi vocês de máscara também – rebateu o mandatário vascaíno.
– Mas estamos no estúdio. No telejornalismo, usam máscaras os repórteres de rua – Explicou o apresentador.
– Eu conheço o estúdio. É um ambiente fechado – retrucou Campelo.
– Mas estamos com distanciamento, tomando as medidas – Voltou a argumentar o apresentador.
– Por que vocês não estão de máscara? – insistiu Campello.
– Porque estamos no ar. Nenhum programa jornalístico tem o uso de máscara. Só os repórteres. E o jornalismo é considerado atividade essencial – respondeu Rodrigo Rodrigues.
– Assim como os caixas de supermercado – e os jogadores de futebol, não – emendou Ana Thaís Matos, apoiando seu colega de bancada.
– Assim como o jogador vai estar trabalhando também e podendo manter o distanciamento. E em um espaço aberto – respondeu, por fim, Alexandre Campello.
– Rodrigo então mudou o foco e fez sua última pergunta.
– Por que vocês não fizeram a reunião com o presidente por vídeo-chamada? Ele tem feito várias reuniões assim – perguntou.
– Eu não faço a agenda do presidente – respondeu Campello.
O comentarista Carlos Eduardo Lino então interrompeu a discussão e perguntou ao presidente cruzmaltino sobre as resoluções da reunião em Brasília e Campello respondeu que houveram conversas com representantes do ministério público e que um grupo de 30 médicos também discutia a melhor forma de retomar os treinamentos na CBF.
A entrevista repercutiu mal entre os torcedores vascaínos nas redes sociais, onde Campello já não goza de muito prestígio. Quase ao mesmo horário da entrevista de Campello, o capitão da equipe e zagueiro Leandro Castán realizava uma entrevista e criticava o atraso de mais de quatro meses de salário dos jogadores e funcionários do clube.
Por: Lucas Rodrigues