No próximo sábado, às 19:00, o Vasco enfrentará o Brasil de Pelotas, no estádio Bento Freitas, em jogo válido pela 3ª rodada da série B. Após um início conturbado, a vitória fora de casa se tornou necessária para que o time volte aos trilhos e consiga, enfim, deslanchar na competição. Quais as dificuldades que o Xavante pode oferecer ao Gigante? E o que a equipe cruzmaltina pode explorar? Vamos ao nosso breve raio-x.
Situação atual:
O Brasil não faz uma boa temporada até aqui. O time de Pelotas terminou o campeonato gaúcho na modesta 9ª colocação, sendo eliminado na primeira fase. E, assim como o Vasco, tem 1 ponto em 2 jogos neste início de Série B. O treinador Cláudio Tencati tem tido trabalho para arrumar a casa por lá.
Como joga:
Normalmente o Brasil joga num 4-2-3-1, explorando bastante as jogadas pelo lado do campo e com dois laterais e dois pontas que jogam a bola na área o tempo todo. É uma equipe que não troca muitos passes e, quando tenta, sofre muito para acertar. Depende mais de lançamentos longos e costuma criar as maiores chances no abafa. Além disso, é uma equipe que não se importa nem um pouco em truncar o jogo, apelando para faltas e diminuindo bem o ritmo da partida.
Pontos fortes:
O Xavante gosta muito de jogar a bola na área. Muito mesmo! Tem jogadores altos e bons cabeceadores na frente. Os pontas não costumam partir para o drible e para a finalização – normalmente a decisão é jogar a bola na área e ver no que dá. A maioria dessas jogadas são construídas pelo lado esquerdo. O Vasco vai precisar diminuir ao máximo essa possibilidade de cruzamentos para não passar por problemas.
Pontos fracos:
A equipe gaúcha tem muita dificuldade para propor o jogo. Nos dois jogos da série B até aqui, o Brasil precisou ser criativo na parte ofensiva e se limitou a jogar a bola na área. O resultado: nenhum gol marcado nas duas partidas. Hoje, trata-se de um time pobre ofensivamente, sem muitas soluções.
Destaques:
O lateral-esquerdo Artur participa bastante das jogadas ofensivas da equipe, chega na linha de fundo toda hora para tentar o cruzamento e normalmente faz isso bem. O volante Rômulo tem uma boa saída de bola, é o cara mais lúcido desse meio de campo Xavante. Além dos dois, o experiente Júnior Viçosa foi o centroavante titular nas duas últimas partidas, mas tem sido contestado pelos torcedores que pedem Ramon entre os 11 iniciais.
Resumindo:
O Vasco terá pela frente um dos piores times da competição. O Brasil tem muitas limitações técnicas, embora seja uma equipe até organizada defensivamente. Tem muitas dificuldades para criar jogadas, depende muito dos cruzamentos e tem muita dificuldade para trocar passes. Mesmo em casa, acredito que joguem esperando o cruzmaltino tomar a iniciativa e buscando os contra-ataques. Jogando do jeito que está, o gigante deve ter dificuldades, por mais fraco que seja o Xavante. Além disso, a dificuldade vascaína com as bolas aéreas pode causar problemas e é algo que o Marcelo Cabo deve trabalhar bastante até o confronto do próximo sábado.
Por: Hernandes