O Vasco segue a sua reformulação no elenco visando a temporada de 2022. A mais recente chegada anunciada pelo Gigante foi a de Bruno Nazário, meia de 26 anos que tem passagem por clubes tradicionais do país (Cruzeiro, Figueirense, América-MG, Athlético-PR e Botafogo) e até mesmo pelo exterior. O Papo Na Colina vai te contar tudo sobre o atleta e o que podemos esperar dele para o ano.
Histórico de Bruno Nazário
Bruno Nazário surgiu no Figueirense em 2012 e no ano seguinte foi comprado pela Tombense e logo após emprestado para o América-MG. Então, o Hoffenheim da Alemanha adquiriu seus direitos e o jogador começou sua carreira fora do país. Lá, atuou pouco e foi emprestado ao polonês Lechia Gdansk, onde teve sequência.
Entre 2016 e 2017, defendeu o Cruzeiro e teve passagem apagada pelo clube mineiro. Rumou para o Guarani no final de 2017, e, vestindo a camisa bugrina, talvez tenha vivido seus melhores momentos na carreira. Ajudou muito na série B daquele ano e no acesso no Paulistão em 2018. No meio do ano, foi emprestado para o Athlético, onde pouco jogou por conta de uma lesão no joelho, mas fez parte dos elencos vitoriosos de 2018 e 2019 (O furacão ganhou a Sul-Americana, a Copa Suruga e a Copa do Brasil).
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Em 2020, o meia acertou com o Botafogo e iniciou bem sua trajetória, com gols e assistências, sendo um dos destaques do Estadual. No entanto, não manteve o nível de atuação e passou a ser preterido durante a desastrosa campanha do alvinegro, que culminou no rebaixamento naquele ano. Seguiu no elenco para 2021, mas logo no início da temporada rumou novamente para o América-MG. No Coelho, atuou muito pouco e quase não participou da campanha histórica da equipe mineira.
Características de Bruno Nazário
O Vasco traz um certo refino técnico para o seu plantel. Bruno Nazário se caracterizou desde o início da carreira por ser um meia bastante talentoso e articulador, de bom passe e boa batida na bola. Embora não seja propriamente um atacante, pisa muito na área e tem muita facilidade para flutuar por trás dos atacantes e combinar boas jogadas com os pontas e com o centroavante. Como disse anteriormente, seus melhores momentos foram no Guarani, onde teve sequência. Canhoto, gosta de partir pro drible quando tem oportunidade e arrisca finalizações de média/longa distância sempre que possível.
No entanto, além das lesões, o que o impediu de ter sequência na maioria dos clubes em que passou foi a sua irregularidade. Não só durante a temporada, às vezes durante os 90 minutos ele “desliga” do jogo, perde intensidade e colabora pouco no decorrer da partida. E lampejos podem até bastar numa série B caso o jogador tenha técnica, mas não são suficientes para manter uma titularidade na elite do futebol brasileiro.
O que esperar de de Bruno Nazário no Vasco?
O Vasco traz um reforço que pode ser útil durante a temporada. Bruno tem algumas virtudes que ajudam muito numa série B – a boa batida na bola o credencia para assumir a responsabilidade nas bolas paradas em ocasiões que Nenê não esteja em campo. No entanto, Bruno Nazário ainda não é um atleta confiável para assumir uma titularidade absoluta durante o ano inteiro, ainda mais na intensidade que a série B exige.
A aposta é que o jogador repita seus ótimos momentos do Bugre, e que consiga manter o nível que mostrou no seu início pelo Botafogo. Se não sofrer com lesões, deve atuar constantemente durante a temporada. Com lançamentos e finalizações precisas, pode colaborar bastante. Se corrigir o problema das oscilações durante as partidas, pode se tornar peça fundamental. E é essa a aposta de Zé Ricardo e Carlos Brazil ao contratá-lo. Resta ao vascaíno torcer para que dê certo.
Por Hernandes