Por: Ramon Oliveira
Alguém aí está desanimado para mais um ano de Vasco da Gama? Incomodado com fatores fora das quatro linhas que definem o que acontece dentro delas? Alguém revoltado com mais um ano de Série B? Bem vindo ao clube, amigo(a), bem vindo ao Vasco. Começou o meu 2022 como vascaíno, e já começo com um desabafo.
Que a SAF pode não ser a melhor saída, isso já vem sendo bem debatido. Existem cases de clubes em que aparentemente os donos estão com o pé no freio, como Liverpool e Manchester United, e o financeiro já favorável parece sobrepor a necessidade do investimento no futebol. O surgimento de um dono para um clube de futebol tem certo impacto também, assusta, mas e se essa for a única saída?
Muita gente reclama, e com razão, dos torcedores mais “pessimistas” que reclamam até mesmo dos mais minuciosos detalhes do clube, mas como tirar a razão deles? Como torcedor, é triste saber que não vi e vivi momentos de glória do Vasco, imagina quem viu e agora vê tamanha degradação? Como já dizia Marília Mendonça, “ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer”, assim com todo mundo vai reagir a sua maneira, mas o foco desse texto não é esse.
O foco é que o quão dono deixaríamos de ser do Vasco, nós, meros mortais, caso amanhã alguém o comprasse? Considerando que o Vasco possui “donos” que há 20 anos vêm acabando com o clube, ceder o Vasco a quem pelo menos no começo vai colocar mais dinheiro do que retirar pode não ser tão ruim assim, ou pode? Pelo que podemos torcer para que se inicie um ano diferente de como estamos iniciando este 2022 esperando por mais desgosto e agonia?
Enquanto esses pensamentos ficam na cabeça, o Vasco que amamos está indo para sua quinta Série B, o nosso estádio está sucateado, os salários de jogadores e funcionários que mantêm o funcionamento do clube estão atrasados, isso sem contar todo o descaso e vergonhoso estado do futebol feminino do clube, que merece uma pauta à parte. Talvez o único mérito dessa gestão possa ser mesmo vender o clube, e interromper esses ciclos de “antigos novos” donos.
Começa mais um 2022 no Vasco, e como torcedor, parece que estou vindo de uma ressaca, quando meu último porre foi mais de 20 anos atrás.
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