O presidente Pedrinho completou hoje 6 meses como presidente do Vasco da Gama. Ídolo da instituição, sua posição como mandatário até o momento vem rendendo muitos elogios de torcedores e membros da mídia, atuando de forma irretocável em diversas áreas. Afinal, foram apenas 6 meses de gestão, mas um período extremamente movimentado nos bastidores do Gigante da Colina.
A principal promessa de Pedrinho quando foi eleito era “fiscalizar e cobrar a SAF”. E ele cumpriu. Com denúncias sobre descumprimento de cláusulas contratuais da 777 Partners como majoritária da empresa e buscando ter garantias da saúde financeira da SAF, o Vasco entrou na Justiça contra os americanos. Eles foram afastados do comando do clube em maio.
Hoje, quem controla a 777 Partners é a A-CAP, que não tem nenhum interesse em voltar a gerir o futebol do Vasco da Gama. A intenção da A-CAP é recuperar o dinheiro emprestado à 777, empresa que comandava a SAF do Vasco desde o fim de 2022. E também não perder mais dinheiro, já que terá custos para manter o litígio em curso. Por isso, a revenda é o objetivo comum das duas partes. Confira outras 3 principais ações frente ao cargo, de acordo com ge:
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Mudanças no futebol do Vasco:
Pedrinho foi contra mudanças de imediato no departamento de futebol quando assumiu a gestão do Vasco, mas o 6×1 para o Flamengo fez com que a rota fosse rapidamente recalculada. Depois de uma semana, Lúcio Barbosa e Kátia dos Santos, antigos CEO e CFO, entregaram os cargos. Segundo fontes ligadas à SAF na época, eles ficaram incomodados com a participação da gestão do Vasco na empresa.
As passagens de Álvaro Pacheco e Pedro Martins, treinador e diretor executivo contratados antes da troca do comando do futebol, também duraram pouco. O técnico português foi demitido após quatro jogos, enquanto o diretor pediu para sair por “por “mudanças de comando” na SAF. Hoje, Rafael Paiva é o técnico do Vasco, e Marcelo Sant’Anna é o diretor executivo da SAF.
Crias do Vasco de volta, inclusive Coutinho
O Vasco repatriou Philippe Coutinho, uma das maiores revelações do clube no século. Pedrinho, em diversas vezes, declarou que faria de tudo para contratar o meia ex-Liverpool, Barcelona e seleção brasileira e foi primordial para a negociação ocorrer. Mesmo com concorrência de outros clubes do Brasil, Coutinho disse que a prioridade sempre seria o Vasco. Ele agradeceu ao presidente do clube pelo empenho nas negociações.
— (O Pedrinho) fez todo o esforço, tudo que ele podia para eu poder estar aqui hoje e já agradeci e agradeço aqui de novo. É um cara que ama o clube, que tem feito de tudo para o clube voltar e ser o que sempre foi. E eu quero também fazer parte disso — disse Coutinho.
As voltas de Souza e Alex Teixeira – pedidos por Coutinho – também se enquadram na premissa de ter mais pessoas dentro do clube que conheçam e se identifiquem com o Vasco.
Reforma de São Januário
A reforma do estádio do Vasco foi uma das principais pautas de Pedrinho no primeiro semestre na presidência do clube. Quando tomou posse, o projeto de lei foi enviado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, em novembro do ano passado.
O presidente se aliou a vereadores vascaínos, além do prefeito Eduardo Paes, e trabalhou nos bastidores para acelerar o processo político. De março a junho, a Câmara aprovou o parecer em conjunto das comissões, realizou as audiências públicas e aprovou o projeto de lei no 1º semestre, um dos maiores pedidos de Pedrinho, que queria a aprovação do potencial construtivo do estádio do Vasco antes do recesso parlamentar.
E os próximos desafios pelo Vasco?
Pedrinho já teve muito trabalho em 6 meses de gestão, mas terá muito mais pela frente. O principal objetivo, claro, é a revenda das ações da 777 Partners. Hoje, não há mais conversas com a 777, que deixou de controlar o futebol do Vasco tanto pela ação judicial do clube de dois meses atrás – esta que será suspensa – quanto pelas dívidas que levaram a companhia de Josh Wander a ser assumida pela seguradora americana A-CAP. O clube de São Januário confia no interesse mútuo junto à seguradora de vender a SAF para novo investidor. A A-CAP não quer ficar no Vasco.
A diretoria de Pedrinho também tenta alinhar com os potenciais compradores uma filosofia de projeto esportivo e de maior participação em decisões estratégicas. Uma das críticas do presidente do Vasco à 777 era de que não havia ambição de conquistas, citando acordos de bônus por não rebaixamento em alguns casos de negociações.
Arrecadar verbas para finalmente tirar do papel o “caixotinho” do Vasco também é muito importante. Com a aprovação do projeto de lei da reforma de São Januário, o Vasco precisa acertar a venda do potencial construtivo para ter os recursos necessários para a reforma do estádio. As conversas em relação a possíveis compradores seguem em andamento. A meta da direção do clube é iniciar as obras em dezembro deste ano.
Por fim, o Vasco tenta regularizar as Certidões Negativas de Débitos (CND) para implementar projetos incentivados nos esportes. O clube paralisou as atividades do basquete de base, no início do ano, e tenta resolver as pendências para voltar a investir nessa e em outras modalidades. O futebol, claro, é prioridade, e Pedrinho vem buscando reforços e uma gestão cada vez mais profissional para o Gigante da Colina voltar a ter uma boa campanha o Campeonato Brasileiro e quem sabe ir longe na Copa do Brasil.
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