Nos corredores do Vasco, uma voz firme e um discurso motivacional têm ecoado de maneira surpreendente, e ela vem de Emiliano Díaz, filho e auxiliar do treinador argentino do Vasco – Ramón Díaz. Em um curto espaço de tempo, Emiliano conquistou o respeito dos jogadores e da torcida.
Seu mais recente post: “Se eles querem que desistamos, vão ter que matar todos nós”, em relação ao gol mal anulado contra o Palmeiras, está sendo a frase da torcida dentro desse cenário de injustiça contra o Vasco. Mais do que apenas um desabafo, suas palavras serviram como catalisador na busca pela justiça, levando a uma mobilização na luta pela reabertura de São Januário.
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Mas, afinal, quem é o hermano que está conquistando cada vez mais os vascaínos?
Com 40 anos, Emiliano Díaz trilhou seu caminho fora dos gramados desde sua aposentadoria em 2011, acumulando mais de uma década de experiência à beira do campo. Nascido na Itália durante o período em que seu pai, Ramón, brilhava como atacante pelo Napoli, Emiliano iniciou sua jornada nas categorias de base do River Plate. Sua estreia como jogador profissional ocorreu sob o comando de seu pai em 2002, quando substituiu Eduardo Coudet, atual treinador do Internacional, durante o segundo tempo de uma partida. No entanto, sua passagem pelo clube do coração foi breve.
Aposentadoria
Diante disso, Emiliano Díaz passou por diversas equipes ao longo de sua carreira, incluindo passagens por clubes como Talleres e Defensa y Justicia. No entanto, foi apenas no Deportivo Colonia, da Segunda Divisão do Uruguai, que ele teve a oportunidade de acumular mais de 20 jogos. Aos 28 anos, Emiliano tomou a decisão precoce de pendurar as chuteiras e se preparar para seguir os passos de seu pai à beira do campo com uma prancheta em mãos.
Em uma atitude marcada pela autenticidade, ele reconheceu suas limitações e confessou que não possuía o nível necessário para competir no cenário de elite do futebol.
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“Não estava à altura dos clubes onde pude jogar. Ao menos, no River e no San Lorenzo, não. Tinha outro nível, em um clube menor. No profissional não fui o profissional que sou agora e nesse nível você paga por isso”, disse.
Como auxiliar de seu pai, Emiliano trilhou um caminho de sucesso, contribuindo para a conquista de títulos notáveis no Al Hilal e no River Plate. Sua trajetória também incluiu uma passagem pela seleção do Paraguai, onde adicionaram às suas realizações as semifinais da Copa América de 2015. A admiração que Emiliano nutre por Ramón é evidente, transparecendo através de suas declarações e postagens no Instagram.
Recentemente, em comemoração ao aniversário de 64 anos do seu pai, Emiliano fez questão de celebrar a data especial. Ele carinhosamente se refere ao pai como o “grande bomber”, em alusão à fama de artilheiro do ex-jogador da seleção argentina, que marcou quase 300 gols em sua carreira.
Fã de Adriano Imperador
Outro grande ídolo que deixou uma marca significativa na vida de Emiliano é Adriano, o Imperador, ídolo do Flamengo. Foi através do carismático atacante brasileiro que ele estreitou seu primeiro vínculo com o Brasil, optando por homenageá-lo ao dar o mesmo nome ao seu filho. Em um gesto de gratidão, quando recebeu uma camisa do Athletico-PR, Emiliano compartilhou uma mensagem em português para expressar sua gratidão pelo presente.
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Além de Adriano, ele não esconde sua admiração por outras lendas do futebol brasileiro, como Ronaldinho Gaúcho. Além disso, Emiliano estabeleceu uma amizade sólida com Eduardo, meio-campista do Botafogo, com quem trabalhou durante sua passagem pela Arábia Saudita.
“Adriano é um dos grandes atacantes que passaram pelo futebol mundial recentemente. Somos contemporâneos, ele me encantou com sua força e poder de decisão. Sou um grande fã”, resumiu.
No papel de auxiliar, Emiliano desempenha um papel crucial no Vasco, assumindo a responsabilidade pela análise minuciosa dos adversários e colaborando com seu pai na elaboração da melhor tática para os próximos jogos.
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