Antes de tudo, é importante deixar claro que o Vasco foi eliminado da Copa do Brasil por vários motivos. A arbitragem teve, sim, sua grande colaboração, mas é necessário citar a diferença técnica entre os elencos, o tempo em que o time ficou nas mãos de Marcelo Cabo, o início de um trabalho com o Lisca, a defesa extremamente frágil, entre outros pontos.
Mas a crônica de hoje é para falar exclusivamente do que aconteceu na noite desta quarta-feira em São Januário. O Vasco foi extremamente prejudicado diante do São Paulo, clube esse que, no sábado, havia sido operado no duelo com o Palmeiras. Isso só deixa mais claro, que o problema não são os clubes em si, mas sim a arbitragem em geral, do quarto árbitro ao chefe de arbitragem da CBF.
O Vasco, ciente de suas limitações, jogou bem diante do São Paulo nos dois jogos, mas na minha opinião nunca esteve perto da classificação. A verdade é que o foco é outro, o acesso a Série A é o grande objetivo e isso pareceu claro nessa eliminatória. O time poderia usar esses confrontos como “nota de corte” para disparar na segunda divisão e garantir um segundo semestre tranquilo ao torcedor.
Mas vamos ao ponto principal dessa crônica: o Vasco foi assaltado dentro do seu próprio estádio. E o pior de tudo? Antes mesmo do jogo começar, já sabíamos que algo negativo, em relação a arbitragem, aconteceria. Daronco acha que é o melhor árbitro do Brasil, quando na verdade é certamente um dos piores dentre as quatro divisões nacionais.
Ele não parece estar preocupado com a justiça do jogo, mas sim se está aparecendo bem na transmissão, se as tatuagens estão visíveis ou até mesmo se o “shape” está em dia para o “espetáculo”.
Nos primeiros minutos, vimos um Vasco buscando o jogo, mas pouco a pouco isso foi sendo minado. Começa com o TAPA NO ROSTO que Léo Jabá leva de Miranda dentro da área, lance esse que seria falta no meio-campo, mas que acabou sendo IGNORADO pelo senhor Anderson Daronco e o VAR.
Após isso, a bola bate acidentalmente na mão de Juninho, sobra para German Cano que completa para as redes. Ninguém aqui está discutindo se a bola pegou ou não na mão do garoto vascaíno, mas sim pelo fato de que a regra mudou. Um vídeo sobre isso até circulou no Twitter, onde o comentarista de arbitragem Sálvio Spínola analisa um lance envolvendo Bruno Henrique e Arrascaeta do Flamengo.
No lance do último domingo, Sálvio afirma que após a bola bater na mão de Bruno Henrique, o lance só seria legal se Arrascaeta fizesse o gol, ao invés do ex-atacante do Santos. E foi exatamente isso que aconteceu no lance envolvendo Juninho e Cano, no entanto o comentarista classificou ESSE LANCE como movimento adicional e que o gol foi anulado de maneira correta. Afinal: qual é a verdadeira regra?
Enervado com a situação, Léo Jabá exagerou bastante e foi bem expulso. Sua entrada é forte e não tem desculpa. Nisso o Vasco não pode reclamar da arbitragem.
Os dois últimos lances são seguidos, já que um antecede o outro. Disputa de bola na área do São Paulo, o zagueiro Nestor dá um CHUTE em Galarza, Daronco e o VAR ignoram, o jogo prossegue e no contra-ataque, Rigoni é derrubado por Castán. O capitão vascaíno é expulso.
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Quando todos pensavam que nada mais poderia acontecer, Anderson Daronco decide aparecer mais uma vez: por decisão PESSOAL, expulsa Lisca sem qualquer motivo. A câmera da VascoTV mostra o treinador vascaíno antes e durante a expulsão, e adivinha? Ele não faz absolutamente NADA para merecer o cartão vermelho.
O que tivemos em São Januário nessa quarta-feira foi uma arbitragem extremamente incompetente com ares de má intenção.
Que isso sirva de combustível para a sequência da temporada e que o Vasco, agora só com a Série B pela frente, engrene de vez.
Saudações Vascaínas!