Jogador que veio da base do Vasco, Andrey sempre teve a cobrança de ser um destaque no profissional, como foi na base.
Com convocações para as categorias de base da seleção Brasileira e, para muitos, de um talento acima da média, sempre oscilou e nunca conseguiu se firmar no profissional. Em 2021, está começando a temporada muito bem, lembrando que em 2020 começou da mesma forma.
Por Douglas Damazio.
Em entrevista ao ge, o atleta do Vasco destacou a diferença e explica a que se deve essa melhora de performance:
– Tenho chegado todos os dias antes para fazer um trabalho de força com o Luiz. Diminuí bastante gordura e ganhei muito mais (força) do que eu já tinha. Estou me sentindo muito mais leve e muito mais forte. Um lance em que reparei essa mudança foi no clássico com o Flamengo, no gol do Cano. Vou disputar uma bola com o Gerson, trombo com ele, e ele cai. Falei: “Pô, esse trabalho está me ajudando”. Estou conseguindo fazer essa transição de ajudar na defesa e chegar no ataque.
Ele destaca ainda:
– Uma palavra que tenho usado muito nesse ano é constância. Constância de fazer os trabalhos, de ver tudo o que eles estão me passando. Procurar saber onde preciso evoluir para ter um ano brilhante porque o ano passado foi muito doloroso.
Uma passagem não tão agradável foi as ameaças que sofreu na frente da sua casa:
– Uma situação triste e chata, mas não representa a totalidade da torcida vascaína. São dois torcedores que eu tenho certeza de que fizeram sem pensar na hora. Foi meu momento mais triste, porém sou muito grato ao Vasco e tenho muito carinho pelos torcedores. Eu estava na minha casa, de folga, fazendo esteira e treinando. Parou um carro em frente à minha casa, e começaram a me xingar. Pensei que eram meus amigos. Como fui criado no bairro, passam pessoas e zoam. Vi que os xingamentos estavam pesados, aí desci para ver o que era. Foi quando começaram a me ameaçar, falando que iam me pegar de madeira e me quebrar na porrada. Todo momento um falava que ia me quebrar, e o outro ficava atrás do carro fazendo movimentos como se estivesse armado. Meu pai desceu, falou com eles. Foi um momento chato, quero esquecer…
– Não vai mudar em nada a minha relação com o Vasco. Estou feliz, é a minha casa, e o meu pensamento é só em trazer alegrias para a torcida do Vasco.
Dentro de campo ele destaca que o time melhorou e diz que isso se deve a uma melhor organização:
– Questão de mudança, acho que o clube está com um trabalho muito mais sério. O Pássaro chegou e mudou tudo aqui dentro. Vejo o clube mais sério, um clube que fala e cumpre tudo aquilo que promete. Acho que essa foi a grande mudança, e o grupo abraçar o trabalho do professor Marcelo. Acho que ele veio com um plano de jogo muito interessante, e todos abraçaram de forma excepcional. Estamos em crescente evolução, tenho certeza de que vamos alcançar nossos objetivos, mas acho que as grandes mudanças foram o profissionalismo das pessoas que chegaram e a capacidade de todos se unirem para mostrar que o Vasco é um só. Isso que tem dado certo nesse início e vai dar certo no final.
Outro fator que ele disse que está aprimorando são os chutes e passes:
– Antes eu chutava muitas bolas de qualquer jeito, sem estar equilibrado, hoje eu tento servir e procuro chutar quando tenho certeza que vou acertar o gol…. E a questão do passe estou vendo vídeos do Thiago, Xavi, de jogadores que sempre olham ao redor pra ver se posso girar ou tenho que tocar para trás. E que não são todas as bolas que irei jogar pra frente.