Brigas, vazamentos, falta de autonomia… não faltam motivos para explicar a saída de Alexandre Mattos do cargo de diretor de futebol do Vasco da Gama. O trabalho não foi do nível que Mattos está acostumado a apresentar e o executivo sai com grande rejeição da torcida, mas os episódios nos bastidores deixam claro que a situação era insustentável.
Alexandre Mattos passou por diversos episódios, mas o vazamento de prints explicando bastidores da negociação com o atacante Andre Silva e burocracia com 777 Partners foi crucial para uma quebra de confiança entre as partes e decisão definitiva da demissão. Sem dúvidas, a negociação gerou o auge da crise.
Na ocasião, o ge trouxe ao público duas versões sobre o negócio pelo atacante, hoje atuando no São Paulo: uma pela visão de pessoas ligadas a SAF do clubr e outra com a visão de Mattos sobre o caso:
1) Na primeira versão, o nome de André Silva foi sugerido pelo auxiliar técnico Emiliano Díaz no fim de janeiro. No início de fevereiro, Mattos foi atrás de dois jogadores com características parecidas – Breno Lopes e Pedro Henrique. Os dois nomes foram vetados pela 777. A proposta por André Silva, por sua vez, chegou à mesa da empresa norte-americana para aprovação do orçamento apenas na semana do dia 19 de fevereiro. No dia 22, a 777 deu aval para a contratação do jogador, no valor próximo aos 4 milhões de euros (R$ 21 milhões).
2) Outra versão diz que o primeiro contato buscou o empréstimo de André Silva, porque a princípio não havia orçamento. A negociação se estendeu por cerca de 10 dias, mas o Vitória de Guimarães não topou. O perfil do jogador foi de cara aceito pela 777, mas a necessidade de mudar o rumo da negociação para uma compra precisou passar pela liberação de dinheiro, o que levou mais tempo. Mesmo assim, a SAF topou investir. O negócio só não aconteceu porque o atleta preferiu a proposta do São Paulo.
Também foi muito comum ouvir que Mattos não deu prosseguimento na negociação por André Silva por conta da preferência por outros atletas da posição. O diretor negou esta versão em contato com ge, mas afirmou que seu jogador favorito para trazer ao Vasco era Pedro Henrique, na época do Internacional. Acontece que a 777 Partners não gostava da ideia de contar com o atleta, muito por conta da idade avançada.
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