O local onde o Vasco da Gama foi fundado em 1898, o Centro Cultural Cândido José de Araújo, conhecido como Candinho, está completamente inativo e disponível para locação. Atualmente, ao lado do local, funciona um bar que coloca cadeiras, mesas e até um cartaz na porta em frente da sede.
O espaço até chegou a ser reinaugurado em novembro de 2020 para uma exposição, mas funcionou apenas até maio de 2021. O grupo “Guardiões da Colina”, que ajudou a idealizar o projeto de revitalização do espaço há 3 anos, lamentou o descaso da presidência do clube com o local. Raphael Pulga, um dos integrantes do grupo, explica que inicialmente foram os membros que alugaram e reformaram o espaço.
– Quando a gestão (Jorge) Salgado assumiu, passamos o imóvel pra eles que nada fizeram e tudo se estragou mesmo com recursos privados.
O espaço fechou em maio de 2022, mesmo depois de ter arrecadado alguns recursos para revitalização com ajuda de patrocínio: R$ 70 mil veio através de dinheiro arrecadado pela Ambev em uma campanha com o Zé Delivery, parte dele foi destinado ao pagamento do aluguel (de maio de 2021 até maio de 2022) e reforma e a outra parte seria para a curadoria e cenografia da exposição do local, que não aconteceu.
Segundo Horácio Junior, vice-presidente de História e Responsabilidade Social do Vasco da Gama, a exposição deve acontecer em outro local, na Sede Náutica da Lagoa:
– Infelizmente não existe interesse do Vasco em reabrir o Candinho. O valor do aluguel proposto pelo proprietário inviabiliza economicamente o projeto. Mas a curadoria do Candinho será instalada na Lagoa. Faremos na Lagoa um centro cultural, um tour com visita guiada.
Horácio ainda admite que parte do dinheiro recebido para o projeto não foi destinado para a revitalização do espaço. Dos 70 mil arrecadados, apenas 30 mil foram destinados para as obras. “Houve um desperdício do dinheiro da reforma do Candinho. Mas as propriedades comerciais com a Ambev serão respeitadas. E o que planejamos expor será aproveitado. Mas um desperdício maior seria assinar um contrato de aluguel três vezes acima do mercado local. No longo prazo o desperdício seria maior”, revela o vice-presidente.
Apesar de todo o dinheiro desperdiçado com o não-funcionamento do Candinho, Horácio afirma que preservar a memória do Vasco com o funcionamento da primeira sede “é importante, mas não é fundamental. “É fundamental que seja um projeto sustentável financeiramente. Com preços praticados de mercado”.
“Se aparecer outro parceiro disposto a investir e dividir os custos do local numa situação mais perene, o Vasco vai sentar e avaliar”, conclui o vice-presidente.
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