Se estivesse vivo, Orlando Lelé completaria 71 anos, nesta quarta-feira (22). Nascido em Santos-SP, no dia 22 de janeiro de 1949, iniciou sua carreira futebolística no clube homônimo ao da cidade, firmando-se como lateral direito
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Entretanto, foi no Vasco da Gama onde o jogador viveu seus tempos de glória. Junto de Mazaropi, Geraldo, Marco Antônio e Abel Braga – hoje técnico do Vasco -, Orlando compôs a famosa “Barreira do Inferno”, que passou um turno inteiro do campeonato sem tomar gols. No clube carioca, o craque bigodudo conquistou a Taça Guanabara de 1977 e o Campeonato Carioca do mesmo.
Orlando “Lelé” foi o apelido que o consagrou, mas ele também tomou a alcunha de “Canhão da Colina”, por conta dos seus ”petardos” com a perna direita. Orlando não era apenas um vigoroso marcador, mas também se aventurava no ataque, o que lhe proporcionou a marca histórica de terceiro lateral com mais gols (31) na história do Gigante da Colina, ficando atrás apenas de Felipe e Yago Pikachu. Além disso, foram incontáveis as assistências para o ataque comandado por Roberto Dinamite.
O sucesso foi tanto que o lateral chegou à Seleção Brasileira. Das partidas que disputou pela Seleção, a mais marcante foi contra o Uruguai, no Maracanã, em 1976. Esse jogo é muito conhecido pela briga generalizada que tomou início após uma confusão entre Rivellino e o uruguaio Ramirez. Muitos acusam Orlando de ter ”quebrado a cara” do adversário.
Até os dias de hoje, Orlando é lembrado com muito carinho pelos vascaínos, sendo uma figurinha certa nas escalações de todos os tempos do Clube. Passou também por América-RJ, Coritiba e Udinese-ITA. Faleceu em 4 de setembro de 1999, em sua cidade natal.