Bruno Maia foi vice-presidente de marketing do Vasco da Gama durente boa parte da gestão do presidente Alexandre Campello, em 2018 e 2019. O profissional ficou muito conhecido entre a torcida nas redes sociais, tinha um contato muito próximo com os vascaínos e teve sua saída muito lamentada.
Agora como o mais novo convidado do CNN Esportes S/A desta semana, Bruno Maia disse ter pegado boa parte de torcedores bloqueados nas redes sociais na gestão Eurico Miranda. Na época, as mídias sociais do Gigante da Colina simplesmente bloqueavam quem criticava a gestão ou falavam mal de Eurico, um desrespeito com a torcida:
– Quando eu cheguei lá, por exemplo, boa parte dos torcedores eram bloqueados em redes sociais, a equipe tinha que um por um ficar desbloqueando […] criticavam eventualmente a figura dele e ele [Eurico] se confundia com uma coisa meio absolutista, né?
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Comprado pela 777 partners, a Justiça recentemente afastou a empresa americana de administrar o futebol do Vasco da Gama por descumprir alguns de seus compromissos e pelo risco de falência. A Associação, liderada pelo presidente Pedrinho, entrou com pedido por “atuar abusivamente” e “ocultar informações vitais”. O TJRJ acatou e desde então o imbróglio judiciário segue em andamento. Bruno Maia falou também sobre toda a situação:
– Eu acho que o Vasco fez muito mal pra história das SAF, da evolução do negócio de futebol brasileiro com essas últimas atitudes. Apesar de quem estava lá, eu acho que fez um trabalho péssimo horrível, né? Quem comprou o Vasco fez um trabalho de péssima qualidade.
Quais são os próximos passos do Vasco após suspender ação da 777?
A suspensão foi um pedido da A-CAP, seguradora americana que assumiu o controle da 777 nos últimos meses por conta do risco de falência apresentado pela empresa americana. Como a nova empresa não tem o mínimo interesse em comandar o futebol, o Vasco aceitou o acordo. A intenção da A-CAP é recuperar o dinheiro emprestado à 777, empresa que comandava a SAF do Vasco desde o fim de 2022. E também não perder mais dinheiro, já que terá custos para manter o litígio em curso. Por isso, a revenda é o objetivo comum das duas partes e agrada a todos.
O receio da seguradora é a 777 ter a participação na SAF vascaína reduzida a nada, ou seja, a Justiça dar vitória ao Vasco sem que o grupo americano recupere o investimento já feito. Nestes 90 dias, segundo informações do ge, Vasco e A-CAP vão trabalhar juntos na busca por um novo comprador para a SAF. Será um período para negociações com investidores e reuniões entre todas as partes.
A ideia é que neste período de tempo, o tema da revenda das ações do Gigante da Colina seja totalmente resolvido. Alguns investidores milionários já se mostraram interessados em adquirir e gerir o futebol do Vasco da Gama, mas o tema é tratado com muita cautela nos bastidores de São Januário, justamente para evitar uma “777 Partners 2.0”. A tendência é que as conversas se estendam e, que ao fim dos três meses, o negócio esteja pelo menos encaminhado.
Caso não tenha acordo para a revenda da SAF, o processo do Vasco contra a 777 Partners volta a correr na Justiça partindo do ponto em que parou na última semana. Mas o Vasco está confiante de que conseguirá um bom acordo. Agora, com o time estável no Brasileirão e a promessa do presidente Pedrinho de contas em dia até o fim do ano, há tranquilidade para concluir este processo, com a ideia de virar o ano com um novo parceiro.
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