A Barreira do Vasco não foi a mesma que estamos acostumados a ver. Após a divulgação do aumento no preço dos ingressos para o jogo contra o ABC, pela segunda fase da Copa do Brasil, as torcidas organizadas do Vasco divulgaram um protesto, informando que não compareceriam com bandeiras, faixas e bateria no estádio. O clima ameno, apesar de não ser o maior fator, contribuiu pra que o time do Vasco não fosse o mesmo dos últimos jogos, culminando na eliminação precoce para o ABC nos pênaltis.
O técnico Maurício Barbieri enfatizou que a falta do clima hostil de São Januário fez gerar a sensação de que “faltava algo” para o time na partida, mas fez questão de deixar claro que não é o principal motivo da derrota:
– O que eu posso te dizer é que tudo aquilo que enfatizamos é o que a gente sente: quando o estádio está cheio e a torcida está do nosso lado, somos muito mais fortes. Quando isso não acontece, falta alguma coisa. Poderia ser um contexto diferente, mas não podemos depender disso.
Para o jogo contra o ABC, a diretoria do clube definiu um aumento significativo no valor dos ingressos, ao ponto do bilhete mais barato estar custando 150 reais. Para assistir da social de São Januário, o ingresso estava custando 250 reais. Isso equivale a praticamente o dobro do valor oferecido no último jogo em São Januário, contra o Boavista.
Sem bateria no estádio, o que se pôde ouvir foram milhares de gritos de insatisfação com a partida do clube. Ao fim da disputa de pênaltis, a torcida se juntou para protestar, principalmente contra o atacante Pedro Raul, que ouviu gritos de “Ei, Raul, vai tomar no **”.
– O torcedor tem essa dinâmica, em um dia te leva no céu e no outro dia… porque a relação dele é emoção, ele externaliza o que está sentido. Isso é natural do ser humano. A gente entende a chateação do torcedor, porque ele está trazendo um histórico de muitos anos de dificuldade do Vasco. Essa eliminação pertence à nós, não tenho como fugir dela, mas essa indignação vem de um histórico. Hoje a gente foi ansioso demais, mas nem eu nem ninguém conseguimos dar experiência, só informação. Precisamos passar pelo momento para nos desenvolvermos – completou Maurício Barbieri.
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